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Goldman Sachs: FOMO tem suportado ganhos, mas ações vão cair 18% em breve

A conhecida expressão FOMO ("Fear of missing out") foi originalmente usada na relação entre utilizadores e redes sociais. Agora, os analistas do Goldman Sachs adaptaram esta expressão às recentes subidas nos mercados de ações. Contudo, alertam que a queda estará para breve.

Grupos internacionais
reuters
11 de Maio de 2020 às 18:35
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O medo de ficar de fora de alguma coisa, ou FOMO na sigla em inglês, tem ofuscado o medo sobre o real impacto que o novo coronavírus está a ter na economia mundial. Contudo, este efeito não irá durar por muito mais tempo e os mercados de ações irão conhecer quedas de aproximadamente 18% nos próximos três meses, alertam os analistas do Goldman Sachs, numa nota.

"Um único catalisador pode não provocar uma retração, mas existem várias preocupações e riscos em que acreditamos, e as nossas discussões com clientes confirmam que os investidores estão a subestimar os reais problemas", escreveu o analista do banco norte-americano, David Kostin, numa nota divulgada pela Bloomberg.

Nos próximos três meses, o banco antevê uma queda de 18% do S&P 500, o que vai representar uma queda para o patamar dos 2.400 pontos nesse período. Depois seguir-se-á uma recuperação ligeira e o índice norte-americano vai acabar o ano acima dos 3.000 pontos. 

O analista adiantou que apesar de todos os esforços monetários e orçamentais feitos pelos bancos centrais e governos em todo o mundo, que têm conseguido amparar o impacto da covid-19, a recuperação económica ainda vai tardar e os mercados de ações vão ressentir-se.

O banco de investimento aponta ainda para o tardar do achatamento da curva de contágio do novo coronavírus nos Estados Unidos, fora de Nova Iorque, algo que irá retardar o regresso à atividade normal. Esta falha vai ainda precipitar um impacto de 50% nas compras de ações próprias das empresas norte-americanas e aumentar o risco de maiores impostos corporativos e de consumo.

Kostin mostra-se pessimista com a previsão para o que resta desta temporada de resultados, que pode ser a pior de sempre em termos de queda de lucros, citando ainda os planos de crescimento que tiveram de ser congelados. 

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