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Goldman Sachs: Chegou a altura de aumentar o peso do "cash" nas carteiras

Os investidores devem reestruturar os seus portefólios para aumentar o peso das cotadas de sectores mais defensivos, como as utilities, defende o Goldman Sachs.

20 de Novembro de 2018 às 16:20
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Os investidores no mercado de acções conseguiram um grande desempenho nos anos mais recentes, mas com o dinheiro agora a oferecer retornos positivos ajustados à inflação, pode ser inteligente reduzir o risco das carteiras, refere o Goldman Sachs.

"Os investidores de várias classes de activos devem manter a exposição às acções mas aumentar a ponderação de ‘cash’", referem os especialistas do Goldman num research emitido esta segunda-feira, 19 de Novembro, e citado pela Bloomberg. "A liquidez vai representar uma classe de activos competitiva face às acções pela primeira vez em muitos anos".

Esta recomendação reflecte o impacto das subidas das taxas de juro da Reserva Federal, que elevaram as "yields" dos títulos do mercado monetário bem acima dos 2% - superando o ritmo da inflação. Dado que a Fed deverá subir os juros em 0,25 pontos percentuais em Dezembro e são de esperar mais agravamentos em 2019, o "cash" pode ainda ficar mais atractivo. No âmbito da gestão de carteiras, o "cash" é a classe de activos onde está o dinheiro (liquidez), mas também títulos de muito curto prazo do mercado monetário e de dívida soberana.

Quanto às acções, os investidores devem reestruturar os seus portefólios para aumentar o peso das cotadas de sectores mais defensivos, como as utilities, defende o Goldman Sachs. O banco de investimento estima que no próximo ano o índice norte-americano S&P500 vai gerar um "modesto  retorno absoluto, abaixo de 10%", uma vez que o ritmo robusto dos resultados e da economia que se verificou em 2018 vai abrandar.  

Os índices de acções dos EUA, que atingiram máximos de sempre em Setembro, têm sido fortemente penalizados nas últimas semanas, sobretudo devido ao desempenho negativo do sector tecnológico, que é o principal responsável pela queda de 8% do S&P500 desde então. Receios com o aumento da regulação, enfraquecimento da procura por iPhone e o enfraquecimento no negócio dos semicondutores são os factores que justificam a inversão do sentimento no mercado, bem como as tensões comerciais e a subida de juros por parte da Fed. Na segunda-feira o Nasdaq afundou mais de 3% e o S&P500 caiu 1,7%. Esta terça-feira ambos os índices abriram a sessão com perdas em torno de 2%.

OS CENÁRIOS DO GOLDMAN PARA O S&P500:

Cenário central, com probabilidade de 50% - O S&P500 fecha este ano nos 2.850 pontos, acima do valor de fecho de segunda-feira nos 2.690,73 pontos. Em 2019 sobe 5% para 3.000 pontos.


Cenário negativo, com probabilidade de 30% -
O risco de uma recessão em 2020 tem forte impacto no sentimento dos investidores, com o S&P500 a terminar 2019 nos 2.500 pontos.  


Cenário positivo, com probabilidade de 20% - O crescimento económico continua forte por um longo período de tempo e o S&P500 fecha 2019 nos 3.400 pontos.

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