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Goldman vê a economia dos EUA abrandar "significativamente" em 2019
Apesar de não avistar uma recessão no horizonte, o Goldman Sachs vê a economia americana a abrandar o crescimento substancialmente até ao final de 2019. A travar a economia estará o desvanecimento do efeito dos cortes nos impostos e a subida das taxas pela Fed.
A economia americana deverá abrandar em 2019. Nos últimos três meses do próximo ano, o crescimento do PIB deverá ser menos de metade daquele registado no último trimestre, que terminou em Setembro. "O crescimento irá provavelmente abrandar significativamente no próximo ano, desde os recentes 3,5% para aproximadamente 1,75% no fim de 2019", escreveu Jan Hatzius, economista chefe do banco de investimento, numa nota enviada aos clientes este domingo, avançada pela CNBC.
O Goldman Sachs conta que a economia americana feche 2018 com uma aceleração de 2,5% nos três meses que terminam em Dezembro, um número que deverá repetir-se no primeiro trimestre de 2019 para depois abrandar até aos 2,2% no segundo trimestre, ficar pelos 1,8% até Setembro e 1,6% até Dezembro.
Para o banco de investimento, a economia americana irá abrandar tendo em conta os aumentos da taxa directora que estão previstos pela Reserva Federal combinados com um desvanecimento dos efeitos do corte nos impostos. O Goldman prevê que a Fed aumente a taxa directora ainda este mês de Dezembro e quatro outras vezes durante o próximo ano.
"O Federal Open Market Committee estará provavelmente relutante em parar [as subidas] até que esteja confiante que a taxa de desemprego não continuará numa trajectória descendente, ponto que esperamos que seja atingido no início de 2020", explica a nota de investimento.
Apesar da desaceleração, o banco de investimento não vê possibilidades de recessão no horizonte, pelo menos em breve.