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Gestora do Rabobank prepara entrada no mercado nacional

A Robeco quer entrar em Portugal. A sociedade gestora do banco holandês Rabobank já está em Espanha há alguns anos e agora pretende começar a procurar parcerias no mercado luso.

12 de Julho de 2007 às 11:00
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A Robeco quer entrar em Portugal. A sociedade gestora do banco holandês Rabobank já está em Espanha há alguns anos e agora pretende começar a procurar parcerias no mercado luso.

Os contactos devem começar a ser desenvolvidos a partir de Setembro. A primeira abordagem será aos investidores institucionais, mas o responsável para a Península Ibérica e América do Sul, o recém contratado Javier García de Vinuesa, também quer "atacar" o mercado do retalho em Portugal. Nos seus planos está a abertura de um escritório em território nacional.

"Estamos a analisar o mercado e a avaliar a melhor forma de o abordar. Pessoalmente, já tenho alguns contactos de experiências profissionais anteriores. Mas só devemos começar as conversações em Setembro", revelou o espanhol Javier García de Vinuesa ao Jornal de Negócios.Quanto ao método de abordagem ao mercado português, a Robeco, que gere 141,7 mil milhões de euros, vai seguir o caminho mais comum entre as sociedades gestoras internacionais. "É mais fácil entrar num mercado de um país vendendo produtos para os investidores institucionais e depois apostar na distribuição a retalho", acrescenta o responsável da Robeco.

Sedeado em Madrid, Javier García de Vinuesa põe ainda a hipótese de, quando a presença da Robeco em Portugal estiver mais cimentada, abrir um escritório no país. Na conversa telefónica com o JdN, afirmou que "o melhor é ter um escritório em Lisboa, mas temos de tomar uma decisão. Em Espanha, demorou três anos a desenvolver totalmente a nossa presença no mercado. Em Portugal deve acontecer o mesmo. Devemos tomar uma decisão durante 2008".

A Robeco tem fundos que abrangem várias classes de activos, desde os mais tradicionais aos mais alternativos, como os "hedge funds" ou os fundos de "private equity" e já está presente em vários países.

Estrangeiros conquistam Portugal

A Robeco será mais uma gestora estrangeira a comercializar os seus produtos em Portugal. Ao todo, são já 30 as casas de gestão de activos não portuguesas a que um investidor pode ter acesso através de redes de retalho de entidades portuguesas. Isto porque, em Portugal, são os distribuidores e não a entidade gestora que têm de pedir o registo do fundo estrangeiro no regulador de mercado, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários.

Além dos bancos "online" ActivoBank7, Banco Best e Banco BIG, apenas o Millennium bcp, o Deutsche Bank e o Barclays apostam na distribuição de fundos de outras casas estrangeiras aos clientes que utilizam o seu canal na Internet. Entre as gestoras que têm fundos disponíveis no mercado nacional, estão algumas das maiores do mundo, com nomes associados aos maiores bancos do globo (ver tabela). Há muitas que tentam apresentar produtos de várias classes de activos (acções, obrigações, tesouraria ou alternativos) e outras que se focam em algumas categorias, tentando posicionar-se em nichos de mercado pouco desenvolvidos.

De qualquer forma, uma oferta tão alargada é muito benéfica para os investidores, que assim têm mais e melhor por onde escolher investir. O "boom" na distribuição de fundos de fundos estrangeiros em Portugal deu-se há cerca de três, quatro anos.

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