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Fed revê em alta máximo para os juros, mas admite abrandar ritmo de subidas
Jerome Powell explicou que os dados económicos conhecidos desde a última reunião de política monetária nos EUA justificam que as taxas sejam mais altas do que anteriormente esperado.
A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos vai subir ainda mais as taxas de juro. O presidente Jerome Powell explicou, na conferência de imprensa que se seguiu à reunião de política monetária, que os últimos dados económicos levaram a uma revisão em alta no nível em que estarão os juros quando o ciclo de aumentos chegar ao fim.
"O nível final de taxas de juro será superior ao que esperávamos anteriormente", afirmou Jerome Powell, apontando a evolução da inflação, mercado trabalho e economia. "As nossas decisões vão depender totalmente dos dados que vamos recebendo e das implicações para o 'outlook' de atividade e inflação".
O índice de preços no consumidor nos EUA fixou-se, em setembro, em 8,2%, o que apoiou a decisão desta quarta-feira do comité de política monetária em subir a taxa de fundos federais em mais 75 pontos base, colocando o intervalo entre 3,75% e 4%. Foi o quarto aumento consecutivo desta dimensão.
"O histórico aconselha fortemente contra aliviar a política. Vamos continuar o curso até que o trabalho esteja feito", afirmou, sublinhando que é "muito prematuro" pensar em pausar o ciclo de subidas dos juros.
"A determinada altura, como já disse nas últimas duas conferências de imprensa, será apropriado abrandar o ritmo de aumentos para trazer a inflação de volta à meta de 2%. Há uma significante incerteza sobre o nível de taxas de juro, mas ainda temos caminho a percorrer", disse.
Ainda assim, o presidente da Fed admitiu que o comité poderá considera - até já em dezembro - aliviar a dimensão dos aumentos. Esse debate para determinar as próximas subidas de juros irá ter em consideração não só a inflação, mas também os desenvolvimentos económicos no país.
"É provável que reduzir a inflação implique um período sustentado de crescimento abaixo da tendência e de condições menos dinâmicas no mercado de trabalho", referiu Jerome Powell, sublinhando as implicações da estratégia em curso tanto para o crescimento económico como para o custo de vida das famílias.
A economia norte-americana recuperou no terceiro trimestre, depois de ter contraído durante os primeiros seis meses do ano. O PIB subiu 2,6%, ultrapassando as expectativas dos economistas, impulsionada por um estreitar do défice comercial, pelo aumento dos gastos com consumo e pela despesa pública.
"As ações de política monetária da Fed são guiadas pelo nosso mandato de estabilidade de preços para o povo americano. Os meus colegas e eu estamos perfeitamente cientes de que representam dificuldades significativas na medida em que deterioram o poder de compra, especialmente para aqueles que têm menos capacidades de fazer face a custos mais elevados de bens essenciais como alimentação, habitação ou transporte", admitiu.
Apesar de ver estas consequências, o presidente do banco central dos EUA defendeu que as implicações da inflação são mais gravosas, o que justifica manter o curso. Em simultâneo, a Fed está igualmente a reduzir a quantidade de dívida que tem no balanço para tentar refrear a liquidez na economia.
(Notícia atualizada às 19:15)
"O nível final de taxas de juro será superior ao que esperávamos anteriormente", afirmou Jerome Powell, apontando a evolução da inflação, mercado trabalho e economia. "As nossas decisões vão depender totalmente dos dados que vamos recebendo e das implicações para o 'outlook' de atividade e inflação".
"O histórico aconselha fortemente contra aliviar a política. Vamos continuar o curso até que o trabalho esteja feito", afirmou, sublinhando que é "muito prematuro" pensar em pausar o ciclo de subidas dos juros.
"A determinada altura, como já disse nas últimas duas conferências de imprensa, será apropriado abrandar o ritmo de aumentos para trazer a inflação de volta à meta de 2%. Há uma significante incerteza sobre o nível de taxas de juro, mas ainda temos caminho a percorrer", disse.
Ainda assim, o presidente da Fed admitiu que o comité poderá considera - até já em dezembro - aliviar a dimensão dos aumentos. Esse debate para determinar as próximas subidas de juros irá ter em consideração não só a inflação, mas também os desenvolvimentos económicos no país.
"É provável que reduzir a inflação implique um período sustentado de crescimento abaixo da tendência e de condições menos dinâmicas no mercado de trabalho", referiu Jerome Powell, sublinhando as implicações da estratégia em curso tanto para o crescimento económico como para o custo de vida das famílias.
A economia norte-americana recuperou no terceiro trimestre, depois de ter contraído durante os primeiros seis meses do ano. O PIB subiu 2,6%, ultrapassando as expectativas dos economistas, impulsionada por um estreitar do défice comercial, pelo aumento dos gastos com consumo e pela despesa pública.
"As ações de política monetária da Fed são guiadas pelo nosso mandato de estabilidade de preços para o povo americano. Os meus colegas e eu estamos perfeitamente cientes de que representam dificuldades significativas na medida em que deterioram o poder de compra, especialmente para aqueles que têm menos capacidades de fazer face a custos mais elevados de bens essenciais como alimentação, habitação ou transporte", admitiu.
Apesar de ver estas consequências, o presidente do banco central dos EUA defendeu que as implicações da inflação são mais gravosas, o que justifica manter o curso. Em simultâneo, a Fed está igualmente a reduzir a quantidade de dívida que tem no balanço para tentar refrear a liquidez na economia.
(Notícia atualizada às 19:15)