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Ex-corretores do Barclays condenados a prisão por manipulação da Euribor

Dois antigos gestores do Barclays foram condenados, por um tribunal londrino, a quatro e cinco anos de prisão por terem manipulado a taxa Euribor entre 2005 e 2009.

Negócios 01 de Abril de 2019 às 16:56
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Carlo Palombo e Colin Bermingham, dois antigos corretores do Barclays, foram condenados a penas de prisão de quatro e cinco anos, respetivamente, depois de terem sido considerados culpados de manipulação da taxa Euribor, avança, esta segunda-feira, a imprensa internacional. O juiz do tribunal londrino que julgou o caso quis deixar um aviso a quem trabalha no setor financeiro.

Em causa está o escândalo de manipulação das taxas de juro Libor e Euribor, em que o Barclays se viu envolvido e que, em 2012, levou à demissão do então presidente do banco britânico. O primeiro julgamento de Palombo e Bermingham teve início no ano passado e o tribunal acabou por dar como provado que os dois antigos gestores do Barclays manipularam a Euribor entre janeiro de 2005 e dezembro de 2009.

"Estes homens comprometeram, deliberadamente, a integridade do sistema financeiro para encher os seus bolsos e para beneficiar os bancos para os quais trabalhavam. Estamos comprometidos em perseguir e levar à justiça aqueles que defraudem outros e abusem do sistema", resumiu Lisa Osofsky, diretora do Serviço de Fraudes Graves britânico, em comunicado citado pela Bloomberg.

A condenação de Palombo e Bermingham segue-se a várias outras que têm tido lugar nos últimos anos em casos semelhantes. Em 2015, o antigo corretor do USB Tom Hayes foi condenado a 14 anos de prisão pela manipulação da Libor. Já no ano passado, Christian Bittar, do Deutsche Bank, declarou-se culpado ainda antes do primeiro julgamento em que Palombo e Bermingham estiveram envolvidos.

Sobre estes casos, o juiz que esteve à frente do processo quis mesmo deixar um aviso. "Aqueles que forem considerados culpados de manipular taxas de juro vão enfrentar sentenças de prisão substanciais", garantiu o juiz Michael Glendhill.

Os dois antigos gestores mantêm que não praticaram qualquer crime e a defesa de Palombo admite que poderá recorrer da decisão.
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