O euro continua a valorizar face ao dólar e está esta manhã a atingir máximos históricos consecutivos, depois do banco central da Rússia ter admitido aumentar o peso da moeda nas suas reservas e face às perspectivas de que o BCE não vai agir para suster o avanço da moeda.

O euro subia 0,39% para os 1,3138 dólares, depois de ontem ter atingido um máximo acima dos 1,31 dólares. No mês de Novembro este é já o sétimo máximo histórico do euro.

O recorde de ontem fixou a dever-se ao facto de o banco central russo ter admitido a hipótese de aumentar o peso da moeda única nas suas reservas de divisas estrangeiras, em detrimento do dólar.

«A maior parte das nossas reservas estão em dólares e isso é um motivo de preocupação», disse o responsável do banco central russo, Alexei Ulyukayev.

Os mercados temem agora que a descida do dólar, cerca de 8% em três meses, leve agora outros bancos centrais e grandes investidores a reduzirem a sua exposição à moeda americana, também devido ao elevado défice de conta corrente dos EUA.

A subida do euro é também justificada com a perspectiva de que o Banco Central Europeu não vai intervir no mercado para suster a subida da moeda única, bem como pelas fracas preocupações reveladas pelos responsáveis do Governo americano com a queda do dólar.

Desde que o presidente do BCE, Jean Claude Trichet, disse a 8 de Novembro que a variação do euro era «brutal» e indesejada que o a moeda única apreciou quase 2%.