O euro descia 0,39% face ao dólar, depois dos últimos indicadores terem solidificado as expectativas de que a retoma da economia dos Estados Unidos (EUA) será mais acentuada que na Zona Euro.

A moeda única [EUR] cotava nos 0,8791 dólares e valorizava 0,16% relativamente à divisa japonesa, ao negociar nos 116,14 ienes.

As vendas a retalho nos EUA cresceram 0,2% em Março, registando a segunda progressão mensal consecutiva, apesar deste este incremento ter ficado abaixo dos 0,5% previstos pelos analistas.

No entanto, o crescimento deste indicador compara com a queda de 1,5% verificada nas vendas a retalho da Alemanha, a maior economia da Zona Euro, no mesmo período.

Os analistas acreditam que o ritmo de recuperação económica será mais acentuado nos Estados Unidos que na Zona Euro, mesmo que a retoma da economia norte-americana não seja tão rápida como o esperado há algumas semanas.

Ainda nos EUA, os preços nos produtores aumentaram 1% em Março, acima do estimado, influênciados pelos incrementos dos preços dos combustíveis, depois do petróleo ter valorizado mais de 30% desde o início do ano.

Este movimento poderá levar a inflação norte-americana a acelerar nos próximos meses, um cenário que, a confirmar-se, deverá condicionar a política monetária da Reserva Federal (FED), levando à antecipação do início de um ciclo de subida das taxas de juro.

A FED já deixou a entender que se prepara para aumentar o preço do dinheiro, que se encontra actualmente nos 1,75%, o valor mais baixo dos últimos 40 anos, na sequência dos cortes realizados pela instituição no ano passado.