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Euro em mínimo de nove meses com especulação que BCE vai baixar juros

O euro continua com uma tendência de queda e fixou já esta manhã um novo mínimo de nove meses, nos 1,2060 dólares, com o mercado a premiar o dólar face ao diferencial de taxas de juro entre os Estados Unidos e a Zona Euro e a especular que o BCE poderá vi

13 de Junho de 2005 às 09:59
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O euro continua com uma tendência de queda e fixou já esta manhã um novo mínimo de nove meses, nos 1,2060 dólares, com o mercado a premiar o dólar face ao diferencial de taxas de juro entre os Estados Unidos e a Zona Euro e a especular que o BCE poderá vir a baixar o preço do dinheiro.

O euro descia 0,48% para os 1,2060 dólares, a que corresponde o valor mais baixo desde 8 de Setembro.

Nos Estados Unidos os juros estão nos 3% e as expectativas apontam para novos aumentos em breve, enquanto na Zona Euro o preço do dinheiro está nos 2% e são cada vez maiores as pressões para que o Banco Central europeu proceda mesmo a um corte nas taxas de juro, devido ao fraco crescimento da economia europeia.

A Reserva Federal reúne a 30 de Junho e os economistas aguardam novo aumento de 25 pontos base nas taxas de juro. Já na Zona Euro são cada vez maiores as especulações sobre uma descida nos juros, um cenário que os discursos divergentes dos responsáveis do BCE ajudaram a construir.

Otmar Issing, economista chefe do BCE, disse numa entrevista à der Spiegel, que a fraca actividade económica na Zona Euro está a reduzir os riscos de existirem pressões inflacionistas na Zona Euro.

Quando questionado sobre se as expectativas dos investidores quanto a uma descida nas taxas de juro era justificável, Issing disse que «no passado, os mercados financeiros quase sempre acertaram com antecipação nas decisões de política monetário do BCE».

Estas palavras aumentas as especulações quanto a uma descida dos juros, mas não são consensuais entre os responsáveis do BCE. O presidente, Jean Claude Trichet, tem repetido que o Conselho de Governadores não tem discutido a hipótese de descer os juros, e Wellink, membro do Conselho, afirmou hoje que não há razões para o BCE cortar os juros.

Certo é que há agora esta expectativa nos mercados e o diferencial das «yields» das obrigações dos Estados Unidos e as alemãs é já de 92,1 pontos base, o valor mais elevado em dois meses, que torna o investimento nos títulos americanos mais atractivos.

Um dos governadores da Reserva Federal disse no fim de semana que a Fed vai continuar a aumentar os juros de forma moderada.

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