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Euro atinge novo máximo histórico acima dos 1,31 dólares
O euro inverteu a tendência de queda registada na abertura da sessão e atingiu já um novo máximo histórico, acima dos 1,31 dólares, depois do banco central da Rússia ter admitido a hipótese de aumentar o peso da moeda única nas suas reservas de divisas es
O euro inverteu a tendência de queda registada na abertura da sessão e atingiu já um novo máximo histórico, acima dos 1,31 dólares, depois do banco central da Rússia ter admitido a hipótese de aumentar o peso da moeda única nas suas reservas de divisas estrangeiras, em detrimento do dólar.
O euro valorizava 0,27% para os 1,3084 dólares, mas chegou a cotar nos 1,3106 dólares, acima do máximo histórico atingido na semana passada nos 1,3075 dólares.
«A maior parte das nossas reservas estão em dólares e isso é um motivo de preocupação», disse o responsável do banco central russo, Alexei Ulyukayev, citado pela Bloomberg.
A mesma fonte acrescentou que «olhando para a dinâmica da taxa de câmbio do euro face ao dólar, estamos a discutir a possibilidade de alterar a estrutura das nossas reservas.
Nos últimos três meses a moeda americana desvalorizou já cerca de 7% face ao euro, penalizando o valor das reservas do banco central da Rússia, que em moeda estrangeira e ouro tinha reservas no valor de 113,1 mil milhões de dólares a semana passada.
Um terço das reservas do banco central são euro, sendo que grande parte do restante está aplicado em dólares.
Os principais bancos centrais mundiais são os principais investidores de dívida pública americana e os principais responsáveis pelo facto de o défice de conta corrente dos Estados Unidos não ser ainda maior.
O mercado teme agora que outros bancos centrais sigam o exemplo da Rússia e que o dólar diminua o seu peso nas reservas em divisas dos bancos. Alan Greenspan, presidente da reserva Federal, já alertou que os EUA terão que tomar medidas para reduzir os défices gémeos (orçamental e de conta corrente) do país, de modo a evitar a fuga de investidores de activos americanos.
Os analistas explicam que os bancos centrais estão agora a gerir as suas reservas de forma mais profissional, tal como os gestores de fundos, e que faz sentido que reduzam a sua exposição ao dólar.
Quanto mais elevado for o défice de conta corrente dos EUA, maior tenderá a ser a desvalorização do dólar, pois mais dólares serão convertidos noutras moedas para pagar os bens importados.