Investir em fundos de investimento é muito comum e a melhor estratégia para investidores com poucos conhecimentos do mercado. Mas, antes de aplicar as suas poupanças num produto destes, faça uma análise cuidada e criteriosa dos produtos comercializados. Traçar o seu perfil de investimento e definir objectivos para a poupança são alguns dos passos essenciais antes de escolher um fundo. Mas há mais.

Definir o objectivo do investimento é o primeiro passo para escolher o fundo certo para si. Poupar para a reforma, fazer um pé-de-meia para um imprevisto ou economizar para comprar um carro novo são alguns dos motivos que levam a constituir uma poupança. Objectivos diferentes, que exigem estratégias de investimento distintas.

"O investidor deverá escolher um fundo, cuja estratégia e temática de investimento se enquadrem com as suas perspectivas de longo prazo", explica Rui Pacheco, subdirector de Investimentos do Best Bank.

A tolerância ao risco e a eventuais perdas de capital é outro dos aspectos que devem ser tidos em consideração antes de subscrever um fundo. Traçado o perfil de investimento e os objectivos, a escolha do fundo deve ser baseada numa análise criteriosa dos retornos oferecidos. É certo que rendibilidades passadas não são garantia de rendibilidades futuras, mas é fundamental perceber quais os retornos gerados pelos gestores aos investidores nos últimos anos. Deverá considerar sempre um período longo, nunca inferior a cinco anos.

As comissões cobradas pelos fundos também têm impacto directo na rendibilidade gerada. Ou seja, um fundo apresentar um retorno elevado, mas caso as comissões sejam muito altas, pode compensar escolher um produto com um desempenho idêntico, ou ligeiramente inferior, mas custos mais baixos.

O risco assumido pelos gestores na sua política de investimento é mais um aspecto que merece atenção. Um bom gestor consegue melhores retornos, assumindo o mesmo tipo de risco. Um bom indicador é o rácio de Sharpe. Quanto mais elevado, melhor gestão foi conseguida nessa classe de fundos. Na prática "maior retorno com menor risco será preferível", diz o Best.

A diversificação é um dos conselhos mais ouvidos no mundo financeiro, e um dos mais certeiros. Não se esqueça que um fundo tem sempre risco de investimento e não coloque todas as suas poupanças num único produto.

Defina uma estratégia de investimento

Seguir as tendências do mercado e estar atento a oportunidades são também meio caminho para ter um investimento rentável. Esteja atento às notas de investimento para as diversas classes de activos e às tendências do mercado, de modo a perceber onde existem oportunidades. Mais do que investir em acções ou obrigações, tem de escolher um fundo que invista, por exemplo, no caso de acções, em títulos dos EUA, Europa ou num fundo de acções globais. Também pode investir num fundo multiactivos (conjuga várias classes).

Mas, não se esqueça, o investimento num fundo deve ser sempre feito com um horizonte temporal de médio e longo prazo. O objectivo não é gerar retornos imediatos ou em espaços curtos. A pressa e a precipitação são más conselheiras no mundo dos negócios.