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Cuidado com as comissões

Uma das vantagens de aplicar as poupanças através de um fundo de investimento é poder aceder aos conhecimentos e experiência de um gestor e da sua equipa, que decide quais as melhores opções para garantir um retorno positivo para o seu dinheiro, de preferência superior ao proporcionado pelo mercado onde a carteira está aplicada, embora este último objectivo nem sempre seja alcançado.

31 de Outubro de 2013 às 00:11
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Esta gestão profissional tem um custo, que é partilhado por todos os participantes no fundo, de forma proporcional ao investimento efectuado. É a chamada comissão anual de gestão. Porque ela pode comer uma parte substancial do retorno, é fundamental olhar para ela antes de escolher um fundo.

Sabendo que os retornos dos fundos tendem a não apresentar grandes discrepâncias dentro da mesma classe, ter uma comissão de gestão de 0,5% ou de 5% pode fazer uma grande diferença no retorno final: no limite pode ser a linha que separa uma rendibilidade positiva de uma negativa. Um estudo divulgado pela CMVM no último relatório anual conclui que em algumas classes, onde as rendibilidades são mais baixas, as comissões "comem" até 25% dos ganhos obtidos.

Os encargos de um fundo não se esgotam na comissão de gestão. Ao fundo é ainda cobrada uma comissão de depósito, exigida pelo banco depositário dos activos da carteira. O fundo tem ainda de pagar todos os encargos relacionados com as transacções dos títulos em que investe.

Comissões superam os 4%

De acordo com os dados da APFIPP, que divulga a taxa anual global de custos, os fundos de tesouraria ou mercado monetário tendem a exigir comissões mais baixas, enquanto nos de acções elas superam habitualmente os 2%. É nos Fundos Especiais de Investimento que se encontram os valores mais elevados, alguns acima dos 4,5%. Ao analisar o desempenho passado de vários fundos, além de ter presente que esse desempenho não é garantia de rendibilidades futuras, deve assegurar-se que está a comparar retornos líquidos.

Além das comissões imputadas ao fundo, há ainda encargos que incidem sobre o cliente. As gestoras podem exigir uma comissão sobre o montante subscrito, embora a cobrança desta taxa seja cada vez mais rara. Quando se levanta a aplicação existe a comissão de resgate, que em regra varia em função do tempo de permanência do investimento. Algumas gestoras isentam este encargo a partir de um determinado número de anos.

 
Comissões

Conheça os principais encargos dos fundos.

 

Comissão de gestão

É a principal comissão cobrada ao fundo e serve para remunerar a gestão dos investimentos. Pode ir de 0,5% a 5%, pelo que tem grande influência no retorno final. Há, ainda, a comissão de depósito.

 

Comissão de subscrição

Cobrada no momento da subscrição, é, hoje em dia, exclusiva dos produtos mais sofisticados.

 

Comissão de resgate

Exigida quando se levanta a aplicação, varia em função do tempo de permanência do investimento.

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