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Emissão de dívida do BES confirma "normalização dos mercados financeiros"

A emissão de obrigações do Banco Espírito Santo, no valor de 1,75 mil milhões de euros concluída ontem, confirma o "processo de normalização dos mercados financeiros", considera o CaixaBI. O BPI diz que a operação tem um impacto positivo para a posição de liquidez do banco.

29 de Maio de 2009 às 09:36
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A emissão de obrigações do Banco Espírito Santo, no valor de 1,75 mil milhões de euros concluída ontem, confirma o “processo de normalização dos mercados financeiros”, considera o CaixaBI. O BPI diz que a operação tem um impacto positivo para a posição de liquidez do banco.

O BES concluiu ontem uma emissão obrigacionista no valor de 1,75 mil milhões de euros, sem recurso ao aval do Estado. Esta foi a maior emissão de dívida realizada até hoje por um banco privado em Portugal, sendo que a dimensão da colocação se ficou a dever ao facto de a procura ter superado a oferta em mais de 50%.

“Entendemos que, quer pela maturidade relativamente alargada (cinco anos), quer pelo facto de ser efectuada sem o recurso ao aval estatal, confirma o processo de normalização dos mercados financeiros que se tem verificado nos últimos meses”, refere o CaixaBI na análise diária de hoje.

O analista André Rodrigues recorda que a garantia estatal “foi uma prerrogativa que, à escala global, deu origem a um novo tipo de instrumento financeiro que representou, pelas circunstâncias adversas dos mercados financeiros, a larga maioria da dívida emitida pelas instituições financeiras nos primeiros meses do ano”.

O BPI considera que a emissão de obrigações tem um impacto “positivo na posição de liquidez do banco”.

“Com esta emissão as necessidades de refinanciamento para 2009 (que segundo a Bloomberg são de 1,65 mil milhões) estão asseguradas”, refere o analista Carlos Peixoto, no Iberian Daily.

No entanto, o BPI realça o facto dos custos de financiamento da instituição liderada por Ricardo Salgado aumentarem uma vez que o custo global das emissão se vai situar em 5,625% o que compara com um custo médio de financiamento de 3,31%, no primeiro trimestre deste ano.

As acções do BES seguem a subir 0,50% para os 4,05 euros.

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