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EDP abandona bolsa de Nova Iorque

O conselho de administração da EDP – Energias de Portugal decidiu retirar de negociação na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) os seus “american depositary shares” (ADS), cada um representativo de 10 acções ordinárias da empresa. A PT passa a ser a única cotada p

18 de Maio de 2007 às 21:43
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O conselho de administração da EDP – Energias de Portugal decidiu retirar de negociação na Bolsa de Nova Iorque (NYSE) os seus "american depositary shares" (ADS), cada um representativo de 10 acções ordinárias da empresa. A PT passa a ser a única cotada portuguesa em Wall Street.

A eléctrica portuguesa vai ainda anular o registo e extinguir as obrigações de divulgação de informação no mercado norte-americano. Com esta decisão, a eléctrica deixa a PT isolada em Nova Iorque, depois de a Brisa e o BCP terem no passado abandonado Wall Street, devido aos elevados custos de estar cotado naquele mercado.

Em comunicado enviado à CMVM, a EDP diz que "informou por escrito a NYSE da sua intenção de retirar os seus ADS da negociação em bolsa e prevê apresentar o formulário aplicável no dia 29 de Maio de 2007". A EEP está cotada em Nova Iorque desde Junho de 1997.

Esta decisão surge cerca de dois meses depois da EDP ter efectuado nos Estados Unidos uma das maiores aquisições realizadas até hoje pela eléctrica. A EDP adianta que "valoriza a presença dos investidores americanos no seu capital", mantendo por isso um programa que permita a estes investidores reterem os ADS e negocia-los no mercado secundário.

O presidente executivo da eléctrica, António Mexia, afirma que "a actual medida está inteiramente alinhada com os compromissos assumidos pela administração da EDP junto dos seus accionistas de uma eficiência superior, através de uma optimização dos custos operacionais e não representa qualquer perda dos actuais níveis de exigência e transparência na divulgação da informação ao mercado".

O gestor, no comunicado, diz ainda que "a relação custo/benefício de nos mantermos na NYSE justifica esta opção, até porque o volume médio da transacções naquela plataforma representou, nos últimos anos, menos de 2% do total transaccionado".

A recente criação da plataforma NYSE-Euronext veio reforçar esta decisão.

Além disso, a EDP justifica a saída com o reduzido volume médio de transacções diário das acções representadas por ADS, que tem permanecido "relativamente baixo" desde 2002 e representou, nos anos 2005 e 2006, menos de 3% do total das acções transaccionadas em todos os mercados financeiros onde a EDP se encontra cotada (ajustado para reflectir o rácio de 1 ADS por 10 acções);

A empresa pretende ainda apresentar um formulário apropriado junto da SEC, congénere americana da CMVM, para promover a cessação do seu registo, após o dia 4 de Junho. Nesta data entram em vigor as regras revistas do SEC quanto a esta matéria.

A cessação do registo vai tornar-se efectiva 90 dias após a apresentação do formulário.

Os ADS da EDP fecharam hoje nos 56,53 dólares por título, a subirem 1,29%.

 

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