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Dresdner considera «positivo» para o BCP a OPA sobre o BPI
O Dresdner reviu em alta a recomendação e o preço-alvo para as acções do Banco Comercial Português (BCP), considerando que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo banco ao BPI é «positiva» uma vez que afasta para já a possibilidade do banco fazer
O Dresdner reviu em alta a recomendação e o preço-alvo para as acções do Banco Comercial Português (BCP), considerando que a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada pelo banco ao BPI é «positiva» uma vez que afasta para já a possibilidade do banco fazer aquisições «mais caras» além fronteira.
O BCP anunciou ontem que lançou uma OPA sobre o BPI, oferecendo 5,70 euros por cada acção, ou 4,33 mil milhões de euros, o que representa um prémio na ordem dos 19% face ao valor de fecho das acções do BPI na sexta-feira.
Esta aquisição «reduz significativamente o risco de aquisições além fronteira mais caras» por parte do BCP, defende o Dresdner, considerando que esta operação «pode sinalizar o fim da estratégia do BCP de expansão agressiva» fora do mercado nacional.
O Dresdner reviu em alta o preço-alvo para o BCP dos anteriores 2,21 euros para os 2,36 euros, um valor que já avalia o grupo, com a integração do BPI, caso a OPA tenha sucesso.
Segundo o consenso do mercado «a oferta avalia o BPI em 14,8 vezes» e com um múltiplo «book value» de 3,6 vezes, o que «consideramos razoável» e concede ao BPI um ROE, rentabilidade dos capitais próprios, de 23% e «um forte potencial de sinergias».
Quanto aos lucros, o Dresdner estima que em 2008 esta operação de compra deverá influenciar os mesmos, mas no que respeita aos rácios de capital o impacto será «mínimo».
«Esperamos que o negócio acrescente valor em 2008 e gere um ROI [retorno de investimentos] de 12,1% em 2009».