As famílias em Portugal reforçaram como nunca a aposta nos produtos de aforro do Estado, com a atratividade das remunerações dos certificados de aforro a fazer disparar as subscrições. Entre entradas e saídas de dinheiro, o saldo líquido de todos os certificados fixou-se em 4,5 mil milhões de euros, o triplo do esperado pelo Ministério das Finanças.
No mês em que receberam o subsídio de Natal, as famílias reforçaram ainda mais a aposta nos produtos de poupança do Estado. O montante total aplicado nos dois certificados engorda há nove meses, tendo subido 1,6 mil milhões de euros só em dezembro.
Após três trimestres consecutivos de dinheiro a entrar, o "stock" total de certificados de aforro e certificados do Tesouro fechou o ano passado nos 34.868,91 milhões de euros, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal. O montante representa um aumento de 4.551,37 milhões de euros face ao fim de 2021.
O principal impulso foi dado pelos certificados de aforro, que se tornaram atrativos como nunca, graças à remuneração indexada à Euribor a três meses. Só em dezembro, o mês do subsídio de Natal, entraram 1.916,4 milhões de euros neste produto, colocando o "stock" no final do ano em 19.625,50 milhões de euros. Em comparação com dezembro de 2021, foram mais 7.156,68 milhões de euros.