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Contas de depósito e crédito lideram reclamações ao Banco de Portugal. Sobem 8%

As contas de depósito bem como as operações de crédito aos consumidores e à habitação lideraram as reclamações apresentadas no ano passado.

Sara Matos/Negócios
07 de Maio de 2018 às 17:00
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O número de reclamações apresentadas ao Banco de Portugal voltou a aumentar, no ano passado. Foram registadas 15.282 reclamações, o que representa um crescimento de 8,1% face ao ano anterior, revela o Relatório de Supervisão Comportamental do Banco de Portugal, divulgado esta segunda-feira. Os três segmentos mais reclamados voltaram a ser as contas e as operações de crédito.


O Banco de Portugal recebeu, em média, 1.274 reclamações no ano passado, sendo que metade destas foram enviadas directamente ao Banco de Portugal. E em 38% das situações verificou-se a resolução da situação reclamadas por iniciativa da própria instituição ou depois da actuação do Banco de Portugal.


Os segmentos com mais peso nestas queixas foram os habituais: contas de depósito, crédito aos consumidores e crédito hipotecário. Contudo, ainda que no primeiro caso se tenha registado uma quebra, nas operações de crédito verificou-se um aumento, mais expressivo do crédito à habitação. 

 
Foram apresentadas 5.070 reclamações relacionadas com as contas de depósito, menos 0,2% do que um ano antes. No caso do crédito aos consumidores, foram registadas 3.440 reclamações, mais 7,9% do que em 2016 e, no crédito à habitação, verificou-se um crescimento de 26,4% para um total de 1.921 reclamações, isto num ano marcado pelo maior número de operações de financiamento.
No caso das contas, as comissões e encargos foram o aspecto mais reclamado, seguido de penhoras e insolvências. No crédito ao consumo, o reporte de informação à Central da Responsabilidade de Crédito foi o tema alvo de mais queixas, sendo que as claúsulas contratuais conseguiram o primeiro lugar nas reclamações do crédito à habitação.


Mas os crescimentos mais significativos ocorreram nas operações com numerário e máquinas ATM. No primeiro caso, foram apresentadas 445 queixas, mais 58,9% do que um ano antes e, no caso das máquinas Multibanco, registaram-se 247 queixas, mais 54,4% do que um ano antes. 


Foram analisados 603 folhetos de comissões e despesas de 73 instituições e 487 folhetos de taxas de juro de 85 instituições. E foram realizadas 147 acções de inspecção ao balcão de 31 instituições. No ano passado, foi dada prioridade aos serviços mínimos bancários que nos últimos anos têm sido alvo de alterações legislativas.

A actuação do Banco de Portugal traduziu-se em 753 determinações específicas e recomendações dirigidas a 59 instituições. Destas, 77% decorreram de acções de inspecção às instituições. Foram instaurados 55 processos de contra-ordenação contra 21 instituições. E a grande maioria destes processos (98,5%) resultaram da análise a 131 reclamações. 

O supervisor também avaliou os suportes de publicidade. Uma das áreas que mais recorre à publicidade é a do crédito ao consumo, nomeadamente o cartão de crédito, representando 55% dos suportes analisados. E foi nas campanhas relativas ao crédito automóvel que se verificou o maior nível de irregularidades. 
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