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Compra do Lehman expande negócio do Barclays em Portugal

A partir de hoje, o Barclays Capital disponibiliza aos clientes o serviço de consultoria financeira a empresas e montagem de operações de fusão e aquisição em Portugal. A decisão resulta, em boa parte, da aquisição desta área de negócio ao falido Lehman Brothers, em Setembro.

12 de Janeiro de 2009 às 07:38
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A partir de hoje, o Barclays Capital disponibiliza aos clientes o serviço de consultoria financeira a empresas e montagem de operações de fusão e aquisição em Portugal. A decisão resulta, em boa parte, da aquisição desta área de negócio ao falido Lehman Brothers, em Setembro.

Esta nova actividade será conduzida a partir de Madrid, por sete pessoas, na sua maioria ex-empregados do Lehman Brothers na capital espanhola. "Esta aquisição deu-nos uma valência numa área que demoraria anos a construir de raiz", explica Rogério Alexandre, responsável pelo braço de banca de investimento do Barclays em Portugal. O banco actuava já na área de dívida e gestão de risco, sendo um dos principais "players" na montagem e colocação de obrigações do tesouro. É ainda detentor de uma das maiores redes de banca comercial no País.

A decisão de avançar para a consultoria financeira e montagem de fusões e aquisições já estava tomada. Mas, segundo explicou Rogério Alexandre, "a aquisição do negócio do Lehman Brothers veio dar uma grande dinâmica". O banco americano, recorde-se, foi o único deixado falir sem qualquer intervenção do governo, a 15 de Setembro de 2008, marcando a entrada na fase mais negra da crise.

O Barclays anunciou o interesse na aquisição do negócio de banca de investimento do Lehman Brothers no final de Setembro, concretizando a compra por uma soma equivalente a 1,2 mil milhões de euros. A banca de investimento na Europa foi adquirida pelo japonês Nomura.

Com a compra nos EUA, o Barclays alargou a gama de serviços da banca de investimento em todo o mundo, excepto na Europa, onde arranca agora com o negócio. Além do Reino Unido, Portugal e Espanha, a operação avança também em França, Itália, Alemanha e na Europa de Leste.

Questionado sobre a oportunidade da disponibilização deste serviço num momento em que a crise económica se agudiza, Rogério Alexandre considera que "esta é uma fase em que as empresas estão mais necessitadas de aconselhamento". "As empresas estão a repensar estratégias de negócio, vendendo e comprando activos", acrescenta. O "timing" da operação visa também "antecipar a retoma do mercado dentro de dois anos".

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