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CaixaBI sobe preço-alvo e recomendação das acções da Nos

Os impactos do processo de fusão entre a Zon e a Optimus deixarão de ser sentidos, o que coloca a Nos em "posição privilegiada para melhorar a sua eficiência operacional e ganhar escala para competir", diz o CaixaBI.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Outubro de 2014 às 12:07
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O CaixaBI melhorou em 0,8% o preço-alvo sobre as acções da Nos para 6 euros, de acordo com uma nota de "research" publicada esta quinta-feira, 2 de Outubro. A recomendação sobre os títulos subiu de "acumular" para "comprar", de acordo com a nota à qual o Negócios teve acesso.

 

O aumento do preço-alvo de 5,95 para 6 euros para o final de 2015 confere um prémio de 24,7% sobre a cotação actual dos títulos da Nos (4,81 euros).

 

O fim dos impactos das medidas extraordinárias da fusão entre a Zon e a Optimus são a principal razão para esta alteração. "O impacto não recorrente dos remédios da ANACOM no seguimento da fusão deixará de se fazer sentir a partir do terceiro trimestre de 2014, sendo expectável uma melhoria dos indicadores operacionais. Agora, a Nos é uma operadora totalmente integrada, com uma posição privilegiada para melhorar a sua eficiência operacional e ganhar escala para competir", adianta o documento da unidade de "research". O CaixaBI lembra que a operadora "representa cerca de 25% da quota de mercado de telecomunicações em Portugal". 

 

O banco de investimento recorda que "os custos de sinergia são a consequência imediata do processo de fusão, mas também é importante ter em conta as oportunidades de retorno que surgem desta situação", indica a nota assinada pelo analista Artur Amaro. "A empresa tem um potencial significativo para melhorar a quota de mercado no sector móvel e estar junto do segmento empresarial e das pequenas e médias empresas como uma alternativa credível, tendo em conta os ganhos obtidos com o processo de convergência", acrescenta.

 

O banco de investimento espera ainda que a Nos "aumente significativamente o prémio atribuído aos seus accionistas", ao mesmo tempo que se "protege contra qualquer oferta hostil proveniente de uma marca internacional", acrescenta o documento. Isto depende, segundo o CaixaBI, de um "programa moderado de capacidade de investimento (‘capex’) e do foco da marca no mercado doméstico".

 

A operadora liderada por Miguel Almeida (na foto) deverá ainda "continuar a gerar um fluxo de caixa significativo, mesmo considerando que a Nos terá de aumentar o investimento para manter a posição privilegiada nas áreas de rede e de tecnologia", segundo a nota de "research".

 

A Nos tem ainda uma participação de 30% na operadora angolana Zap. Uma presença que deverá "gerar benefícios importantes" para a marca portuguesa.

 

As acções da Nos estão a valorizar 0,42% para 4,81 euros. 

 

(Notícia corrigida às 15h40: a nota do CaixaBI refere-se ao fim dos impactos não recorrentes no terceiro trimestre e não à conclusão de três quartos do processo de fusão, como referido anteriormente)

 

Nota: A notícia não dispensa a consulta da nota de "research" emitida pela casa de investimento, que poderá ser pedida junto da mesma. O Negócios alerta para a possibilidade de existirem conflitos de interesse nalguns bancos de investimento em relação à cotada analisada, como participações no seu capital. Para tomar decisões de investimento deverá consultar a nota de "research" na íntegra e informar-se junto do seu intermediário financeiro.

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