A valorização das acções do Banco BPI ao longo das últimas semanas fez com que o banco se tornasse o quarto papel com maior peso no PSI-20, passando a representar 8,954% do índice e ultrapassando o Banco Espírito Santo (BES), que vale actualmente 7,478% da listagem, segundo os dados compilados pela Bloomberg.

No início de 2006, o peso do banco liderado por Fernando Ulrich no índice português era de 7,564%, o que o tornava o sexto título com maior representação, atrás de EDP, BCP, PT, BES e Brisa.

No entanto, a subida de cerca de 48% registada pelos títulos do BPI nos últimos dois meses e meio catapultou o peso do banco no índice PSI-20 para um nível nunca antes registado. No início de 2002, altura em que a Bloomberg começou a compilar os dados do peso dos vários títulos no PSI-20, o BPI era o sétimo maior título, com uma representação de 5,01%.

A nível internacional o BPI também ganhou mais "estofo" nos últimos meses, conquistando posições nos "rankings" em que está inserido. No Bloomberg European 500, que reúne as maiores empresas europeias por capitalização bolsista, o banco saltou da 427ª posição para a 366ª, passando a deter agora um peso de 0,057% da listagem.

Também no índice DJ EuroStoxx Banks o BPI subiu na tabela, do 42º posto para o 40º, numa lista onde o BCP é actualmente o 23º. Na sessão de ontem os títulos do BPI voltaram a subir depois de uma série de dias em queda, terminando com uma valorização de 0,18% para os 5,71 euros (mais do que o valor proposto pelo BCP na OPA) e com quase cinco milhões de acções negociadas.

O BCP, por seu turno, terminou o dia a cair 0,37% para os 2,66 euros e mais de 34 milhões de acções negociadas. A negociação dos títulos do banco liderado por Paulo Teixeira Pinto ficou marcada pela passagem de um bloco de 11 milhões de acções.