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Bolsas espanhola e grega afundam mais de 5%

As bolsas da Grécia e da Espanha registaram hoje as maiores quedas na Europa. Quer o FTSE/ASE20 quer o IBEX afundaram mais de 5%, num dia que se acentuaram as preocupações de um contágio da crise grega aos restantes países da Zona Euro.

04 de Maio de 2010 às 17:28
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As bolsas da Grécia e da Espanha registaram hoje as maiores quedas na Europa. Quer o FTSE/ASE20 quer o IBEX afundaram mais de 5%, num dia que se acentuaram as preocupações de um contágio da crise grega aos restantes países da Zona Euro.

O índice grego FTSE/ASE20 afundou 7,35% para 844,71 pontos, com o Banco Nacional Grego a cair 13%, travando três dias de ganhos. O Piraeus caiu 11% para 4,99 euros.

O espanhol IBEX atingiu o nível mais baixo desde Julho do ano passado, ao depreciar 5,38% para 9862,20 pontos, com o sector bancário a liderar as perdas. O Santander caiu 6,7% para 8,65 euros. Já o Banco de Valência depreciou 9,65 para 3,92 euros.

Entre os restantes índices do velho continente, o Europe Stoxx depreciou 2,6% para 253,71 ponto, o nível mais baixo em dois meses. O mês passado o índice europeu caiu 1,4% com a especulação de que a crise da Grécia pudesse contagiar os restantes países à sua volta.

O inglês FTSE caiu 2,56% para 5410,88 pontos. O francês CAC recuou 3,58% para 3691,41 pontos.

O DAX desvalorizou 2,33% para 6023,25 pontos. O AEX depreciou 3,20% para 335,84 pontos.

“O efeito dominó e o risco de contágio estão a apavorar os mercados”, disse o gestor de fundos da Cholet-Dupont Gestion, em Paris.

“O problema não é só a Grécia, há rumores que envolvem a Espanha”, acrescentou.

Hoje, o Nobel da Economia, Joseph Stiglitz, afirmou que a crise grega pode conduzir ao “fim do euro”, referiu em entrevista à BBC Rádio 4. As suas previsões apontam para que a moeda única “poderá ter um futuro limitado” se os “problemas fundamentais” da Zona Euro não foram resolvidos.

O economista norte-americano, que tal como vários seus congéneres sempre foi euro céptico, afirma que os responsáveis da União Europeia, apesar de terem aprovado um empréstimo de 110 mil milhões de euros à Grécia, em conjunto com o FMI, não fizeram o suficiente para resolver a crise.

Stiglitz comentou também o caso de Espanha, afirmando que as “medidas excessivamente duras que foram impostas” podem ser “contraproducentes” para evitar o contágio.

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