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Bitcoin é um dos destaques de 2017. Pelas subidas, pelas quedas, pela volatilidade

A moeda digital bitcoin é considerada, numa análise da Bloomberg, como um dos sete activos mais voláteis deste ano.

A bitcoin vai atingir um máximo histórico de 60.000 dólares em 2018, com uma capitalização de mercado acima de um bilião de dólares, uma vez que o surgimento do contrato de futuros para esta criptomoeda levou a uma onda de envolvimento por parte de investidores e fundos que se sentem mais confortáveis a negociar futuros do que a endossar fundos a bolsas de criptomoedas. No entanto, o fenómeno bitcoin irá “ficar sem tapete” conforme a Rússia e a China forem travando, e até mesmo proibindo, as moedas virtuais. Após o espectacular pico em 2018, a bitcoin irá colapsar e assomar-se a 2019 perto do seu “custo de produção” de 1.000 dólares.
reuters
30 de Dezembro de 2017 às 18:00
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A 10 de Outubro deste ano, a bitcoin superava a fasquia dos 5.000 dólares por unidade, provocando grande euforia junto dos adeptos desta criptomoeda. Desde então, foi sempre a subir, tendo atingido um máximo histórico de 19.511 dólares no passado dia 18 de Dezembro. Logo a seguir, em apenas algumas sessões afundou 44%. Regressou à tona, mergulhou de novo e voltou a terreno positivo na última sessão do ano. Quedas à parte, a valorização em 2017 é de 1.400%.

 

Uma análise feita pela Bloomberg aos mercados financeiros globais mostra que apenas 7 de 250 activos de todas as classes – incluindo acções, obrigações soberanas, moeda e matérias-primas – demonstraram uma elevada volatilidade devido ao sobe-e-desce das suas cotações ao longo do ano.

 

A bitcoin é um desses sete activos, classificada na categoria do mercado cambial, se é que se lhe pode chamar moeda. Bom, é de facto uma moeda… digital. E é à conta da sua subida estonteante que bem vindo a ganhar cada vez mais adeptos – "bitcoiners" convictos – e a levar muitas empresas a mudarem de nome ou a direccionarem as suas operações no sentido de capitalizarem a vaga optimista em torno das criptomoedas e blockchains.

 

A bitcoin valia mil dólares no início do ano e, apesar de sucessivos alertas para o perigo de uma enorme bolha prestes a explodir e de muitos altos e baixos, a moeda digital mais famosa do mundo tem conseguido manter a sua popularidade.

 

O facto de o mercado de Chicago (CME) ter passado a transaccionar contratos de futuros sobre bitcoins, a 17 deste mês, "ajudou à festa", uma vez que isso deixou os investidores confiantes no cenário de que esta criptomoeda está no caminho da legalização e levou a uma onda de envolvimento por parte de investidores e fundos que se sentem mais confortáveis a negociar futuros do que a endossar fundos a bolsas de criptomoedas.

 

O arranque da negociação no CME deu-se uma semana depois de a rival Cboe Global Markets, também de Chicago, ter introduzido derivados semelhantes sobre bitcoins.

 

Os fãs das criptomoedas começam também a olhar mais de perto e a investir em congéneres da bitcoin, como a litecoin, ethereum ou ripple. Mas é a bitcoin que ainda domina as atenções.

 

Os investidores que acreditam na sustentabilidade das moedas digitais defendem que a natureza das criptomoedas e da tecnologia de blockchains que lhe está inerente marcam uma viragem no mundo das finanças. Já os mais pessimistas dizem que estas moedas não têm qualquer valor intrínseco e que a sua escalada recente é apenas a antecâmara de uma bolha num activo altamente especulativo.

 

Enquanto "bulls" e "bears" defendem os seus pontos de vista, a bitcoin só parece ter, pelo menos por agora, o céu como limite.

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