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BCE estará a ponderar subida menos expressiva nos juros para dezembro

Fontes não identificadas dizem à Bloomberg que o grupo de decisores liderado por Christine Lagarde estará a considerar um aumento das taxas de juro de referência de apenas 50 pontos base, depois de dois reforços consecutivos de 75 pontos.

A presidente do BCE, Christine Lagarde, admitiu que a economia vai enfraquecer mais até início de 2023.
Wolfgang Rattay/Reuters
16 de Novembro de 2022 às 20:19
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O Banco Central Europeu (BCE) estará a ponderar desacelerar o ritmo de subida das taxas de juro. Segundo a Bloomberg, que cita fontes não identificadas com conhecimento do assunto, o próximo aumento da autoridade monetária poderá ser de apenas 50 pontos base, inferior às últimas duas decisões tomadas.

As discussões iniciais sugerem que não se justifica atualmente um novo aumento de 75 pontos base, mas o processo de decisão do BCE está dependente dos dados que vão sendo conhecidos. São divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat dados finais da inflação de outubro na Zona Euro, sendo que a estimativa aponta para um recorde de 10,7%.

O valor fica muito acima da meta de 2% que o banco central tem como mandato. Esta nova informação já será tida em conta pelo grupo de decisores liderado por Christine Lagarde, quando se encontrarem na próxima reunião de política monetária a 5 de dezembro.

No final de outubro, o BCE avançou com um novo aumento de 75 pontos base nas taxas de referência - o segundo consecutivo desta dimensão e o terceiro desde julho - para travar a escalada da inflação. Com efeitos a partir de 2 de novembro, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento está em 2%, enquanto a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez aumentou para 2,25% e a dos depósitos para 1,5%.


"Com este terceiro grande aumento consecutivo das taxas diretoras, o Conselho do BCE avançou consideravelmente com a eliminação da acomodação da política monetária", justificou então a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde.


Após três mudanças, o banco central "espera continuar a aumentar as taxas de juro" para "assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de 2% a médio prazo". O conselho baseará, contudo, a trajetória futura das taxas de juro diretoras na "evolução das perspetivas de inflação e económicas, seguindo a sua abordagem reunião a reunião."

Além da subida dos juros, o conselho do BCE decidiu igualmente alterar os termos e as condições da terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO III). As taxas de juro aplicáveis vão ser ajustadas a partir de 23 de novembro e os bancos terão datas adicionais de reembolso antecipado voluntário.

Por último, no sentido de alinhar mais estreitamente a remuneração das reservas mínimas obrigatórias detidas pelas instituições de crédito junto do Eurosistema com as condições no mercado monetário, o conselho decidiu ainda que as reservas mínimas serão remuneradas à taxa de juro da facilidade permanente de depósito do BCE.

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