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BCE estará a ponderar subida menos expressiva nos juros para dezembro
Fontes não identificadas dizem à Bloomberg que o grupo de decisores liderado por Christine Lagarde estará a considerar um aumento das taxas de juro de referência de apenas 50 pontos base, depois de dois reforços consecutivos de 75 pontos.
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As discussões iniciais sugerem que não se justifica atualmente um novo aumento de 75 pontos base, mas o processo de decisão do BCE está dependente dos dados que vão sendo conhecidos. São divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat dados finais da inflação de outubro na Zona Euro, sendo que a estimativa aponta para um recorde de 10,7%.
No final de outubro, o BCE avançou com um novo aumento de 75 pontos base nas taxas de referência - o segundo consecutivo desta dimensão e o terceiro desde julho - para travar a escalada da inflação. Com efeitos a partir de 2 de novembro, a taxa de juro aplicável às operações principais de refinanciamento está em 2%, enquanto a taxa aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez aumentou para 2,25% e a dos depósitos para 1,5%.
"Com este terceiro grande aumento consecutivo das taxas diretoras, o Conselho do BCE avançou consideravelmente com a eliminação da acomodação da política monetária", justificou então a autoridade monetária liderada por Christine Lagarde.
Após três mudanças, o banco central "espera continuar a aumentar as taxas de juro" para "assegurar o retorno atempado da inflação ao seu objetivo de 2% a médio prazo". O conselho baseará, contudo, a trajetória futura das taxas de juro diretoras na "evolução das perspetivas de inflação e económicas, seguindo a sua abordagem reunião a reunião."
Além da subida dos juros, o conselho do BCE decidiu igualmente alterar os termos e as condições da terceira série de operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (TLTRO III). As taxas de juro aplicáveis vão ser ajustadas a partir de 23 de novembro e os bancos terão datas adicionais de reembolso antecipado voluntário.
Por último, no sentido de alinhar mais estreitamente a remuneração das reservas mínimas obrigatórias detidas pelas instituições de crédito junto do Eurosistema com as condições no mercado monetário, o conselho decidiu ainda que as reservas mínimas serão remuneradas à taxa de juro da facilidade permanente de depósito do BCE.