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“Baleia de Londres” poderá escapar a acusação criminal nos EUA
As autoridades norte-americanas chegaram a acordo para não acusar Bruno Iksil, o operador da JPMorgan Chase cujas apostas no mercado de crédito levaram a perdas de mais de seis mil milhões de dólares, diz o “The Wall Street Journal”.
Citando fontes próximas do processo, o jornal norte-americano diz que o Departamento de Justiça dos EUA não irá acusar criminalmente Bruno Iksil, conhecido como “a baleia de Londres”, depois de o francês ter dado provas de comunicações internas no banco à medida que as perdas se avolumavam.
O Departamento de Justiça poderá divulgar esta quarta-feira a sua decisão. O jornal diz também que os reguladores Securities and Exchange Commission (SEC) e Commodity Futures Trading Commission (CFTC) não irão recomendar acusações civis contra Iksil.
A confirmar-se, a ilibação de Bruno Iksil sugere que o operador se transformou numa testemunha importante nas investigações às perdas no JPMorgan. Iksil terá dado aos investigadores provas de que avisou outros acerca das perdas e recomendou que fossem avaliadas as posições arriscadas.
Há mais de um ano que as autoridades estão a tentar determinar se Iksil agiu sozinho ou se outros operadores, incluindo superiores hierárquicos, tinham conhecimento ou participaram na avaliação fraudulenta de posições arriscadas no mercado de crédito, em factos que remontam ao início de 2012.
As autoridades podem estar perto de acusar outros dois operadores do JPMorgan. O espanhol Javier Martin-Artajo era superior hierárquico de Iksil e o francês Julien Grout era responsável por registar e distribuir diariamente os valores das posições financeiras.