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Ex-gestor do JPMorgan vence processo contra regulador no âmbito do processo “baleia de Londres”
Um antigo gestor do JPMorgan venceu um processo contra a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, que o terá identificado no seu relatório sobre o escândalo da "baleia de Londres".
Achilles Macris, ex-gestor do JPMorgan, venceu um processo contra a Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido, que terá erradamente identificado Macris no seu relatório sobre o escândalo da "baleia de Londres".
As pessoas que trabalham na indústria de serviços financeiros "poderiam facilmente ter identificado o senhor Macris nas declarações feitas na notificação", embora ele não tenha sido nomeado, disse a juíza Elizabeth Gloster, na leitura da decisão, citada pela Bloomberg.
O JPMorgan foi condenado a uma coima de 138 milhões de libras (cerca de 190 milhões de euros) em 2013, depois de um trader conhecido como a "baleia de Londres" ter incorrido em perdas de 6,2 mil milhões de dólares.
Macris contestou o relatório da Autoridade de Conduta Financeira por o ter identificado sem lhe dar a oportunidade de responder às acusações. Venceu o processo e, em Abril de 2014, a Autoridade de Conduta Financeira decidiu recorrer da decisão.
A Autoridade de Conduta Financeira enfrenta várias batalhas legais contra responsáveis da banca que dizem que o regulador violou as regras que exigem que as pessoas identificadas nos processos têm de ser devidamente notificadas.
Macris supervisionava o departamento de investimento do JPMorgan na Europa, onde o trader Bruno Iksil fez apostas arriscadas arriscadas nos mercados de crédito que provocaram perdas superiores a seis mil milhões de dólares.
As apostas ruinosas de Iksil conduziram a mais de 900 milhões de dólares em coimas por parte dos reguladores, incluindo da Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos e da Autoridade de Conduta Financeira do Reino Unido.
Macris foi alvo de inquérito pelo regulador britânico duas vezes em 2013 e continua sob investigação.
Bruno Iksil acabou por não ser acusado pelas autoridades judiciais, nem será desde que continue a cooperar na investigação.
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos decidiu não agir criminalmente contra Bruno Iksil, depois de o francês ter dado provas de comunicações internas realizadas à medida que as perdas se avolumavam. Os registos que a "baleia de Londres" entregou comprovam que Iksil avisou outros colegas acerca das perdas e recomendou que fossem avaliadas as posições arriscadas.