Notícia
Ativos no balanço do Banco de Portugal diminuem pela primeira vez em sete anos
Segundo o supervisor liderado por Mário Centeno, esta evolução deve-se à diminuição do financiamento às instituições de crédito, "promovida pela alteração da política monetária da área do euro", aponta.
Pela primeira vez em sete anos, o balanço do Banco de Portugal (BdP) diminuiu. A quantidade de ativos junto da autoridade nacional tinha vindo a aumentar graças à política monetária expansionista do Banco Central Europeu (BCE) e a inversão ao longo do ano passado refletiu-se.
No final de 2022, o balanço do Banco de Portugal totalizava 198 mil milhões de euros, menos 21 mil milhões de euros do que no final de 2021, "interrompendo o ciclo de crescimento verificado nos últimos sete anos", explica o Relatório do Conselho de Administração do Banco de Portugal de 2022, divulgado esta quarta-feira.
"Esta evolução traduziu, principalmente, a diminuição do financiamento às instituições de crédito, promovida pela alteração da política monetária da área do euro", aponta o banco central liderado por Mário Centeno.
A evolução do contexto económico na Zona Euro em 2022, nomeadamente o aumento persistente da inflação, conduziu à concretização de medidas restritivas, sobretudo através da subida de taxas de juro de referência e da redução dos balanços dos bancos centrais.
O BCE anunciou a descontinuação em março das compras líquidas, no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP, na sigla em inglês) e em julho, as do programa de compra de ativos (APP). Em simultâneo, avançou em julho com a primeira subida, em 11 anos, das três taxas de juro diretoras.
Os ativos de política monetária apresentaram um decréscimo líquido no final de 2022 de 25.994 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2021, "refletindo a já referida redução das operações de financiamento, com contrapartida parcial na redução dos depósitos das Instituições de Crédito (IC) (cerca de 12.096 milhões de euros face ao período homólogo)".
A carteira de títulos detidos para fins de política monetária apresentou uma variação praticamente nula. No final de 2022, cerca de 43% (85.992 milhões de euros) do total do ativo do Banco de Portugal dizia respeito a os títulos detidos para fins de política monetária.
(Notícia atualizada às 12:20)
No final de 2022, o balanço do Banco de Portugal totalizava 198 mil milhões de euros, menos 21 mil milhões de euros do que no final de 2021, "interrompendo o ciclo de crescimento verificado nos últimos sete anos", explica o Relatório do Conselho de Administração do Banco de Portugal de 2022, divulgado esta quarta-feira.
A evolução do contexto económico na Zona Euro em 2022, nomeadamente o aumento persistente da inflação, conduziu à concretização de medidas restritivas, sobretudo através da subida de taxas de juro de referência e da redução dos balanços dos bancos centrais.
O BCE anunciou a descontinuação em março das compras líquidas, no âmbito do programa de compras de emergência pandémica (PEPP, na sigla em inglês) e em julho, as do programa de compra de ativos (APP). Em simultâneo, avançou em julho com a primeira subida, em 11 anos, das três taxas de juro diretoras.
Os ativos de política monetária apresentaram um decréscimo líquido no final de 2022 de 25.994 milhões de euros face a 31 de dezembro de 2021, "refletindo a já referida redução das operações de financiamento, com contrapartida parcial na redução dos depósitos das Instituições de Crédito (IC) (cerca de 12.096 milhões de euros face ao período homólogo)".
A carteira de títulos detidos para fins de política monetária apresentou uma variação praticamente nula. No final de 2022, cerca de 43% (85.992 milhões de euros) do total do ativo do Banco de Portugal dizia respeito a os títulos detidos para fins de política monetária.
(Notícia atualizada às 12:20)