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António Costa acredita que posição do Eurogrupo sobre OE vai trazer calma a mercados

O primeiro-ministro admite que o Orçamento do Estado influencia a evolução do mercado de dívida, contrariando Manuela Leitão Marques, que falou em "coincidência temporal". Costa diz-se "tranquilo".

11 de Fevereiro de 2016 às 13:44
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De um lado, a ministra da Presidência, Manuela Leitão Marques, considerou que a pressão que Portugal enfrenta nos mercados é resultado de uma influência global e é uma "coincidência temporal" acontecer ao mesmo tempo que ainda se levantam dúvidas, de Bruxelas, sobre o Orçamento do Estado para 2016. 

 

Do outro lado, o primeiro-ministro, António Costa, fala em vários motivos para a subida dos juros da dívida portuguesa. Mas deixa claro que a posição do Eurogrupo, que reúne os ministros das Finanças da Zona Euro, tem influência e que, quando for conhecida, vai trazer calma aos mercados.

 

"Ao longo de toda a semana, tem havido uma evolução dos juros no conjunto da Zona Euro, de que Portugal não é isento. Acho que há causas várias mas seguramente, hoje, a conclusão do Eurogrupo sobre a apreciação do Orçamento do Estado ajudará a reforçar a confiança", disse António Costa aos jornalistas após uma reunião que manteve, no Parlamento, com deputados do grupo parlamentar socialista.

Na sexta-feira passada, a Comissão Europeia aceitou a proposta de Orçamento do Governo português mas não deixou de apontar para vários "riscos de incumprimento". Agora, é o Eurogrupo que tem de dar o seu aval, num encontro que decorrerá esta quinta-feira. "Portugal tem de estar preparado para mais medidas" foi uma consideração já deixada pelo líder, Jeroen Dijsselbloem


"Estamos atentos ao que vai acontecendo. Temos todas as razões para estar tranquilos com o projecto de Orçamento e com a nossa capacidade para o executar em todos os seus objectivos", afirmou, ainda, o líder do Executivo. 

As palavras do primeiro-ministro ocorrem num dia de forte pressão nos mercados sobre a dívida pública dos países periféricos mas em que Portugal tem sido fortemente visado: os juros associados às obrigações nacionais subiram aos 4,5%, o valor mais elevado desde Março de 2014.

A subida dos juros da dívida é justificada pelo Orçamento?

"Estamos tranquilos e confiantes"

Para Costa, o essencial é "reforçar a confiança", insistindo na ideia de que a proposta do seu Executivo é "diminuir o défice a dívida", além de manter o "compromisso eleitoral", do PS e dos seus parceiros de Parlamento, "de reposição de orçamento das famílias". "Este é um orçamento responsável, que cria condições para o crescimento, para o reforço da protecção social", mantém.

 

"Tudo faremos para prevenir os riscos e reforçar a confiança. Estamos tranquilos e confiantes", concluiu o primeiro-ministro aos jornalistas, em declarações transmitidas pela SIC Notícias. 

 


(Notícia actualizada com mais informações pelas 13:51)

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