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Ajuda a Espanha leva Europa a avançar após quatro sessões de quedas

O Velho Continente estava "sedento" de boas notícias. O acordo para as melhores condições do resgate à banca espanhola, o maior calendário para a reorganização orçamental de Espanha e os bons dados de Itália e Reino Unido animaram os investidores, que olharam para as acções e fugiram do euro.

10 de Julho de 2012 às 18:56
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As bolsas europeias subiram hoje após quatro sessões de descidas. O acordo a que os ministros das Finanças da Zona Euro chegaram relativamente à ajuda à banca espanhola foi o motivo para as subidas que, ainda assim, foram moderadas.

Entre os principais índices europeus, só o holandês subiu mais de 1%, mas também apenas as bolsas grega e o islandesa perderam terreno entre os índices da Europa Ocidental. O Stoxx Europe 600 somou 0,84% para negociar nos 255,60 pontos. Apesar das quedas das quatro sessões anteriores, o índice acumula um ganho de 4,5% desde o início do ano.

O IBEX-35 espanhol fechou o dia a ganhar 0,58%, depois de os ministros das Finanças da Zona Euro chegarem a acordo sobre o resgate à banca espanhola. A ajuda aos bancos está calculada em 100 mil milhões de euros mas os líderes acordaram mobilizar, já este mês, cerca de 30 mil milhões para qualquer eventualidade. A recapitalização, contudo, só acontecerá perto do quarto trimestre.

Espanha terá, também, mais um ano para cumprir a meta de 3% para o défice orçamental. Em vez do próximo ano, o governo de Mariano Rajoy poderá só alcançar aquele objectivo em 2014.

Além disso, também houve outro factor a animar os investidores: a produção industrial no Reino Unido e em Itália superou o previsto pelos economistas.

“O mercado está sedento de qualquer tipo de boas notícias, portanto isto é bem-vindo”, concluiu o operador da ETX Capital, Markus Huber, em declarações à agência Bloomberg.

Em termos empresariais, o destaque vai para a holandesa ASML, uma fabricante de equipamento semicondutor, que disparou 8,6% para os 43,15 euros. A justificar aquele que, segundo a Bloomberg, é o maior ganho desde 2008, esteve a entrada da norte-americana Intel no seu capital.

Na banca europeia, o comportamento foi misto. O BNP Paribas subiu mais de 1% mas os espanhóis Santander e BBVA perderam terreno (quedas de 0,48% e 1,17%, respectivamente).

Acções sobem, obrigações valorizam, euro cai

Enquanto a procura por acções aumentou, o euro desvalorizou e chegou a mínimos de dois anos. Tendo em conta que são activos mais arriscados e, por consequência, que dão uma maior rendibilidade, as acções valorizaram-se com a procura de investidores mais optimistas.

Pelo contrário, com o euro a circular numa região onde o custo do dinheiro caiu para novo mínimo histórico, depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter cortado a taxa de juro para 0,75%, o que o torna menos atractivo. O euro segue em mínimos de Julho de 2010, ao ceder 0,46% para os 1,2256 dólares.

No mercado das obrigações, também se verificou uma subida do preço das obrigações espanholas e italianas, o que indica que as rendibilidades pedidas pelos investidores caíram. Em Itália, as taxas de juro implícitas subiram mais de 10 pontos base em todos os prazos, enquanto os avanços das “yields” espanholas foram superiores a 20 pontos base em quase todas as maturidades. A rendibilidade a dez anos desceu da fasquia dos 7% ao perder 25,1 pontos base para os 6,8%.



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