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Agarre já a melhor taxa para as suas poupanças

Depósitos estão cada vez menos "super". Mas ainda há aplicações com juros atractivos, sobretudo se optar pelos prazos mais longos. É a solução para superar um período que se prevê de juros baixos.

31 de Outubro de 2012 às 00:01
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A "guerra dos depósitos" já passou à história. Os bancos têm vindo a reduzir drasticamente as taxas oferecidas neste produto que se revelou o preferido dos portugueses em tempos de crise. Já não há "super" taxas, mas ainda é possível garantir um bom juro pelas suas poupanças, especialmente se a aposta recair sobre os depósitos com prazos mais longos.

As taxas dos depósitos atingiram o pico há um ano. O juro médio superou os 4,5%, com algumas instituições a oferecerem aplicações com rendibilidades excessivas, como as chegou a classificar o Banco de Portugal. Desde então, a queda dos juros do mercado, associada à menor necessidade de liquidez do sector e aos "limites" do regulador, fizeram recuar os retornos. Em Agosto, a taxa média recuou para os 2,77%, o nível mais baixo em 20 meses.

Ainda é possível encontrar aplicações que oferecem retornos interessantes, havendo vários produtos que praticam taxas superiores a 4%. E não só nos depósitos de muito curto prazo, como há uns anos. A banca continua a publicitar depósitos promocionais com taxas anuais elevadas para prazos reduzidos, tentando assim conquistar novos recursos. Mas há cada vez mais uma lógica de poupança de longo prazo.

É notória a aposta do sector em fidelizar as poupanças dos clientes . Têm surgido aplicações de longo prazo que permitem aos aforradores reforçar a poupança, com um juro atractivo. Apesar da queda mais expressiva nas taxas destas aplicações, continuam a existir retornos elevados.

Nos depósitos a três e cinco anos, por exemplo, é fácil encontrar bancos que praticam aplicações com taxas de 4%, ou muito perto disso, não sendo preciso um grande esforço financeiro para as constituir. E, ao contrário dos depósitos de mais curto prazo, com estes conseguirá agarrar já uma taxa alta para os próximos anos, numa altura em que não se espera uma inversão no ciclo de juros do Banco Central Europeu.

"A inversão do ciclo não deverá ocorrer antes de finais de 2014", diz Paula Gonçalves Carvalho, economista do BPI, ao Negócios. Facto que poderá continuar a pressionar as taxas dos depósitos, levando a que em muitas das aplicações não seja possível, sequer, compensar a inflação. Ou seja, o retorno real não existe.

O aumento dos preços é uma ameaça às poupanças. O índice de preços no consumidor fixou-se, em Setembro, em 2,88%, nível que cada vez menos depósitos conseguem bater. Uma análise recente do Negócios concluiu que só um terço das melhores aplicações oferecia um juro líquido acima da inflação deste ano. No próximo ano, a estimativa do Governo é de uma queda para apenas 0,9%, contudo, haverá um aumento da tributação sobre os juros dos depósitos.

Tome nota
O imposto sobre os rendimentos de capitais aumentou, esta terça-feira. Tal como tinha sido anunciado, subiu dos 25% para os 26,5%. Mas no próximo ano, o agravamento será ainda mais expressivo.


Na proposta de Orçamento do Estado para 2013, o Governo pretende elevar a tributação sobre as mais-valias bolsistas, os dividendos, mas também os juros de aplicações a prazo, para 28%. É um aumento que se aplicará a todos os rendimentos recebidos a partir de 1 de Janeiro, a que só através dos depósitos com pagamento imediato de juros se consegue escapar.


Os bancos têm vindo a reforçar a aposta nestas aplicações com juros creditados à cabeça. Best, BES, BCP, Banif e Crédito Agrícola são os bancos que apresentam estes produtos cuja limitação está no facto de não ser possível mobilizar o capital investido.

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