A investigação aprofundada da Autoridade da Concorrência ao mercado dos combustíveis vai questionar, nomeadamente, as vantagens e os custos do “unbundling” do sector.

O regulador quer apurar se a separação de activos de logística (armazenagem e transporte) é vantajosa para o consumidor final.

Manuel Sebastião explicou que as entidades nacionais só podem actuar a dois níveis, em duas das componentes dos preços dos combustíveis, no retalho e na logística.

Neste contexto, a AdC vai questionar as vantagens do “unbundling” numa indústria que funciona em economias de escala, se o custo da integração vertical pode ser menos do que dois cêntimos (valor actual de referência num litro de combustível com um custo de 1,30 euros).

Por outro lado, Manuel Sebastião, divulgou que a AdC vai tentar aferir se existem problemas de concorrência no acesso aos produtos no mercado grossista “e se as barreiras de entrada forem apenas as reservas obrigatórias (cerca de 100 dias) e os entrepostos fiscais então não existem”.

Tendo em conta um preço médio entre Janeiro e Abril num litro de gasolina vendido ao consumidor final, cerca de 32% corresponde ao preço à saída da refinaria, 60% a impostos, cerca de 1% a logística e o restante é a margem do retalho.