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Ações de tecnológicas da China afundam depois de Pequim aprovar lei de proteção de dados

Despacho vai definir padrões sobre como os dados pessoais confidenciais podem ser processados e exigir que as plataformas da Internet estabeleçam "sistemas robustos de conformidade de proteção de informações pessoais".

20 de Agosto de 2021 às 09:36
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As ações das principais empresas de tecnologia da China afundaram esta sexta-feira, depois de o país aprovar uma lei de proteção dos dados, gerando novas preocupações entre os investidores sobre a intensidade da repressão regulatória de Pequim.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng Tech, que reúne as maiores empresas do setor da Internet e comércio eletrónico da China, incluindo os grupos Tencent e Alibaba, caiu 4,5%, depois de a agência noticiosa oficial Xinhua ter anunciado que a lei foi aprovada e entra em vigor no início de novembro.

O despacho da Xinhua deu poucos detalhes sobre o conteúdo da lei, mas informou que vai definir padrões sobre como os dados pessoais confidenciais podem ser processados, exigir que as plataformas da Internet estabeleçam "sistemas robustos de conformidade de proteção de informações pessoais".

A mesma fonte enfatizou que as empresas "não devem coletar excessivamente informações pessoais". As ações do grupo Alibaba, negociadas em Hong Kong, caíram mais de 2%, hoje, após terem registado fortes perdas em Nova Iorque, na sessão de quinta-feira.

O índice Nasdaq Golden Dragon, que reúne as empresas chinesas que negoceiam nos Estados Unidos, fechou a cair mais de 5%, na quinta-feira, em Nova Iorque. O índice caiu quase 10% esta semana.

A liquidação das ações chinesas de tecnologia, provocada pela ampla campanha regulatória de Pequim contra setores como jogos 'online' e tecnológicas financeiras, resultou numa queda do índice de quase 53%, em relação ao pico em fevereiro.

O uso dos dados do utilizador pelas empresas chinesas ganhou destaque desde que a agência de cibersegurança de Pequim lançou uma investigação sobre o grupo Didi Chuxing, dias depois de realizar uma oferta pública inicial em Nova Iorque, em junho. Outros relatos da imprensa chinesa indicaram que Pequim vai ampliar a sua campanha regulatória para novas áreas.

Em Hong Kong, as ações do setor da saúde afundaram, depois de o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o Diário do Povo, pedir maior regulação das receitas prescritas em plataformas 'online'. A segurança das vendas pela Internet de medicamentos prescritos "tornou-se um assunto de preocupação social", disse. O Ping An Healthcare caiu mais de 15%, enquanto o Alibaba Health Information Technology afundou mais de 13%. O índice CSI 300, que reúne as grandes empresas listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 2,4%.
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