Notícia
Ações da Tesla afundam 9% com despedimento de 3.000 trabalhadores
O CEO da Tesla, Elon Musk, disse aos seus 45 mil trabalhadores que vai reduzir a força laboral em 7%. Esta decisão está a pressionar as ações da fabricante de automóveis elétricos.
As ações da Tesla estão novamente sob pressão. Os títulos estão a afundar depois de Elon Musk, CEO da fabricante de veículos automóveis, ter anunciado aos seus trabalhadores que vai avançar com o despedimento de 3 mil funcionários, o que corresponde a uma redução da força laboral na ordem dos 7%. Isto numa altura em que tenta aumentar as margens e a rentabilidade da empresa.
"A Tesla terá de avançar com estes cortes, ao mesmo tempo que aumenta a produção do Model 3", afirmou Musk, num email enviado aos seus 45 mil colaboradores.
Em reação a esta decisão, as ações estão a cair 8,82% para 317,36 dólares. Mas já chegaram a cair mais de 10% na sessão desta sexta-feira.
No email, Elon Musk lamentou a redução da força laboral, afirmando que a equipa "cresceu 30% no ano passado", o que é "mais do que conseguimos suportar".
"O fabrico de produtos acessíveis e de energia limpa exige necessariamente um grande esforço e muita criatividade, mas sermos bem sucedidos na nossa missão é essencial para garantirmos que o futuro é bom. Por isso, devemos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance por esta causa", referiu ainda o presidente executivo da Tesla.
Depois do ano atribulado vivido pela Tesla em 2018, que acabou por ditar a saída do fundador Elon Musk do cargo de "chairman", a fabricante de veículos elétricos não está a começar 2019 da melhor maneira. As ações ficaram sob pressão depois de a Tesla ter ficado aquém das entregas estimadas para o Model 3 no quarto trimestre e de ter anunciado a redução do preço deste veículo.
Nos últimos três meses de 2018, a Tesla entregou 63.150 unidades do Model 3, abaixo da projeção dos analistas que apontavam para a entrega de 63.698 veículos daquele modelo.