O índice de referência MSCI Ásia – Pacífico ascende 0,4% para 126,51 pontos e prepara-se para registar a maior queda desde 16 de Setembro. O índice acumula ganhos de 5,1% desde o início do ano e as acções que o constituem negoceiam, em média, a um preço equivalente a 14,3 vezes os seus resultados estimados.

“As preocupações relativas à dívida europeia vão permanecer e isso ameaça o ritmo da recuperação económica no futuro”, disse o estratega do MU Investments, Hiroshi Morikawa, à Bloomberg. “Vai demorar muito tempo até resolver a questão”, acrescentou.

O índice Nikkei 225 perde 1,12% para 9.495,76 pontos, num dia em que 1.400 empresas japonesas entram em ex-dividendo refere a Bloomberg. Um efeito que retira ao índice de referência para o país 63 pontos, segundo os cálculos da SMBC Friend Securities. O Topix declina 0,78%p ara 842,65 pontos.

Na China, o Shangai Composite perde 0,4% e o Hang Seng de Hong Kong perdeu 0,1%, enquanto o Topix, da Coreia do Sul, desvalorizou 0,2%.

A pressionar estão os receios relativos aos esforços de consolidação das contas públicas na Europa, com a fabricante de antivírus, Trend Micro, que obtém 20% da sua facturação na Europa, a descer 3,5% para 2.577 ienes (22,71 euros) e o HSBC, que é o maior banco da Europa, a depreciar 0,3% para 81,40 dólares de Hong Kong (7,79 euros).

A pressionar as praças asiáticas estiveram os receios relativos à crise orçamental europeia, com os preços dos CDS da dívida portuguesa e irlandesa a dispararem.

“As preocupações relativas às perspectivas para a economia não abrandaram”, disse o estratega do SMBC Friend Securities, Yasushi Noguchi, à Bloomberg. “Ainda há questões relativas à dívida europeia”, concluiu.