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A semana em oito gráficos: dias negros nos mercados, em ano de esquecer

As bolsas registaram uma queda no acumulado da semana, com os receios dos investidores a desviá-los dos activos de maior risco. No petróleo a tendência também foi de descida.

Semana vermelha nas bolsas

Semana vermelha nas bolsas
As bolsas do Velho Continente tiveram um saldo semanal negativo, a par com as norte-americanas, pressionadas pelos renovados receios em torno das tensões EUA-China, pelos sinais de desaceleração económica mundial e pela subida dos juros por parte do banco central norte-americano. Tudo isto tem assustado os investidores e esta semana a volatilidade imperou. Em Wall Street, o Nasdaq entrou em mercado urso, ao passo que o Dow Jones e S&P 500 estão em território de correcção (a caírem mais de 10% face aos últimos máximos) mas também a caminharem a passos largos para um “bear market” (quando a queda face aos últimos máximos é de pelo menos 20%).

PSI-20 cai 3,19% entre segunda e sexta-feira

PSI-20 cai 3,19% entre segunda e sexta-feira
O índice de referência nacional perdeu 3,19% no cômputo da semana, aumentando para 13,7% a sua perda no acumulado do ano. O PSI-20 foi um dos índices da Europa Ocidental com pior performance na semana, a par com o espanhol Ibex 35.

Só Navigator subiu na praça lisboeta

Só Navigator subiu na praça lisboeta
A papeleira Navigator foi a única cotada do PSI-20 que ganhou terreno na semana, com uma valorização acumulada de 0,40%. Do lado contrário, a maior queda da semana no índice de referência nacional coube aos CTT, que afundaram 7,69% entre segunda e sexta-feira.

H&M com o pior desempenho do Stoxx600

H&M com o pior desempenho do Stoxx600
A multinacional sueca Hennes & Mauritz (H&M), que opera no sector da moda e marca presença em Portugal, foi a cotada do índice de referência europeu Stoxx600 que mais desceu no agregado da semana, ao desvalorizar 17,63%, numa semana penalizadora para o sector do retalho na Europa e que levou a que a empresa tivesse nove recomendações de “vender” por parte de casas de investimento.

Perrigo pressiona S&P 500

Perrigo pressiona S&P 500
A empresa norte-americana de produtos farmacêuticos Perrigo (anteriormente denominada Elan), também presente em Portugal perdeu 30,65% esta semana, tendo sido o título do Standard & Poor’s 500 que mais terreno cedeu, contribuindo para a desvalorização agregada de 4,96% do índice esta semana. A penalizar a cotada – cujo portefólio de produtos inclui medicamentos, dispositivos médicos, suplementos alimentares e cosméticos de várias áreas – esteve um imposto de 1,64 mil milhões de dólares aplicado pela Irlanda devido a um acordo de há cinco anos relativo à venda de um medicamento para a esclerose múltipla.

Euro com melhor semana desde Setembro

Euro com melhor semana desde Setembro
Apesar de ontem ter caído face ao dólar, a moeda única europeia subiu em torno de 1% na semana, naquele que foi o seu melhor desempenho desde Setembro. Já a nota verde, com a subida de sexta-feira face ao euro, reduziu as perdas mas marcou a sua maior queda semanal desde Março – e este mau desempenho no cômputo da semana decorreu do movimento generalizado de vendas nos mercados financeiros no âmbito dos receios em torno de um abrandamento da economia mundial e do aumento dos juros por parte do banco central norte-americano.

Brent recua 10% na semana

Brent recua 10% na semana
As cotações do crude caíram pela segunda semana consecutiva, fixando-se no nível mais baixo de Julho de 2017 e registando a maior perda semanal e trimestral dos últimos quatro anos. O Brent do Mar do Norte, crude de referência para a Europa negociado em Londres, perdeu mais de 9,9% no cômputo semanal. A pressionar os preços da matéria-prima nos mercados internacionais continuaram a estar os receios de menor procura na sequência da desaceleração económica mundial e o agravamento do movimento de sell-off após a Reserva Federal norte-americana ter aumentado os juros pela quarta vez este ano e ainda prever duas novas subidas em 2019 – o que não agradou à generalidade dos mercados financeiros.

Juros sobem por cá mas aliviam no resto da Europa

Juros sobem por cá mas aliviam no resto da Europa
Os juros das dívidas soberanas aliviaram de forma quase generalizada esta semana na Europa, mas o mesmo não aconteceu por cá. A taxa remuneratória para as obrigações portuguesas a 10 anos subiu 2,1 pontos base para os 1,685%. Já a dívida alemã desceu na mesma maturidade. O maior alívio foi sentido em Itália, onde a "yield" das obrigações a 10 anos aliviou 11,5 pontos base para 2,824%. Recorde-se que, na semana passada, o governo transalpino firmou tréguas com Bruxelas ao baixar o défice previsto no Orçamento do Estado para 2019.
22 de Dezembro de 2018 às 09:30
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A generalidade das principais praças europeias fechou a semana com um saldo negativo, o mesmo acontecendo em Wall Street.

 

Na Europa Ocidental, as bolsas portuguesa e espanhola estiveram entre os piores desempenhos.

 

Os sectores das telecomunicações e tecnologias pesaram na tendência do Velho Continente. Também o sector automóvel esteve a pressionar, numa altura em que os renovados receios em torno das tensões EUA-China estão a assustar os investidores.

A desaceleração económica mundial e a subida dos juros por parte do banco central norte-americano também retiraram atractividade aos mercados accionistas.

 

As bolsas europeias assistiram à quarta maior saída de sempre de dinheiro nos sete dias decorridos até 19 de Dezembro: 5,4 mil milhões de dólares (4,7 mil milhões de euros). No acumulado do ano, a saída de dinheiro das bolsas europeias ascende a 72,8 mil milhões de dólares (63,6 mil milhões de euros), segundo o Bank of America Merrill Lynch.

 

A volatilidade tem imperado nas bolsas de todo o mundo e o movimento de sell-off parece não querer parar.

 

Em Wall Street, as bolsas preparam-se para o pior mês de Dezembro desde a Grande Depressão de 1931. São 87 anos.

 

O Nasdaq já entrou em mercado urso, ao passo que o Dow Jones e S&P 500 estão em território de correcção (a caírem mais de 10% face aos últimos máximos) mas também a caminharem a passos largos para um "bear market" (quando a queda face aos últimos máximos é de pelo menos 20%).

 

Neste momento, há oito grandes índices bolsistas mundiais que estão já em mercado urso, refere a CNN Business. Destes, três são europeus: o italiano FTSE MIB, o alemão Dax e o espanhol Ibex 35. E desde ontem que há um nono índice neste território: o Nasdaq Composite.

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