A semana em oito gráficos: Demissão de Costa abala PSI. Juros agravam-se

A nível global, a política monetária marcou o sentimento dos investidores - atentos às palavras aos líderes da Reserva Federal (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) - assim como a continuação da época de resultados. Por cá, a crise política fez-se sentir no PSI.

Demissão de Costa põe PSI no fundo

As principais bolsas ocidentais terminaram a semana de forma mista. O índice norte-americano S&P 500 ainda conseguiu ganhos ligeiros, já o “benchmark” europeu Stoxx 600 não teve a mesma sorte. Deste grupo, o português PSI foi o que mais perdeu, ao cair mais de 2%.

PSI com maior queda em um mês

O PSI teve a maior queda semanal em um mês, num período em que o mercado se manteve atento à época de resultados e em que os investidores estiveram a reagir à crise política nacional, depois do pedido de demissão do primeiro-ministro António Costa.

Greenvolt escapa a maré vermelha

A Greenvolt foi a única cotada do PSI a registar um ganho semanal, num período em que anunciou um financiamento para acelerar projetos na Polónia. A EDPR liderou as perdas. Esta semana a RBC cortou o “target”, mas reviu em alta a recomendação da energética.

Adyen com maior subida desde o IPO

Esta quinta-feira, a tecnológica Adyen escalou cerca de 38%, registando a maior subida desde a sua entrada em bolsa. A razão para tanto otimismo foi o facto de a empresa ter revisto em baixa as metas e detalhado planos de crescimento, o que foi visto como maior realismo.

Resultados tiram luz à illumina

As ações da Illumina comandaram as perdas do S&P 500, tendo chegado esta quinta-feira a renovar mínimos de 10 anos. Não só os resultados do terceiro trimestre da empresa ligada ao ADN falharam as estimativas, como a companhia cortou no “guidance” para este ano.

Dólar avança contra euro, iene e libra

O dólar norte-americano foi a divisa vencedora da semana, avançando face ao euro, iene japonês e libra esterlina, depois de o presidente da Fed, Jerome Powell, disse que não está certo que a política monetária esteja suficientemente restritiva para atingir a meta de 2% da inflação.

Petróleo regista terceira semana de perdas

Os últimos dias foram negativos para as matérias-primas e foi o petróleo o mais penalizado. O Brent caiu pela terceira semana consecutiva, numa altura em que o temor em torno da procura subiu, com os dados da balança comercial da China, a maior importadora mundial de petróleo, a pesar.

Incerteza sobre juros penaliza “yields”

Os juros das dívidas soberanas na Zona Euro e nos Estados Unidos agravaram-se. A pesar estiveram as declarações “hawkish” sobre o futuro da política monetária dos presidentes da Fed e BCE. Numa emissão de nova dívida a 30 anos, o Tesouro dos EUA teve mesmo de pagar mais (4,519% ).