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Azul confirma contratação de advogados em Portugal para negociar dívida da TAP

A companhia aérea referiu em comunicado ao regulador de mercado brasileiro que decorrem conversações sobre o pagamento de um empréstimo obrigacionista de 90 milhões contraído pela TAP em 2016, "incluindo a possibilidade antecipar o vencimento da dívida".    

O calendário do Governo para a privatização da TAP aponta, de forma indicativa, para o primeiro trimestre do próximo ano.
Miguel Baltazar
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A Azul confirmou a contratação um escritório de advogados em Portugal para auxiliar a companhia aérea brasileira nas conversações com a TAP sobre o pagamento de um empréstimo, incluindo "a possibilidade de antecipar o vencimento da dívida", afirmou a empresa esta quarta-feira em comunicado ao regulador de mercado brasileiro, citado pela Bloomberg.

De acordo com o documento, a Azul "esclarece que em 2016, efetuou um empréstimo de 90 milhões de euros para a TAP Portugal, com vencimento em março de 2026", e que "no balanço da TAP Portugal essa operação foi reconhecida como dívida". O valor atual em dívida pode ser de quase 200 milhões de euros. 

A empresa adianta que, "uma vez que a TAP Portugal não cumpriu integralmente com todas as cláusulas previstas no referido empréstimo, e tendo em vista as notícias recentes sobre uma eventual privatização da TAP", a Azul contratou um escritório de advocacia em Portugal para auxiliar a empresa nas conversações com a TAP, "que incluem a possibilidade de antecipar o vencimento da dívida".

O comunicado refere ainda que as "conversas estão acontecendo de maneira amigável, e até o presente momento, não há informações relevantes e de conhecimento da administração sobre o assunto que deveriam ser comunicadas ao mercado," disse a Azul.

Esta quarta-feira, foi noticiado que a TAP propôs pagar à Azul cerca de 50 milhões de euros, um valor abaixo dos 90 milhões pedidos pela empresa brasileira fundada por David Neeleman e que a levou a ameaçar romper o acordo comercial no Brasil e alertar os interessados na privatização, avançou o Eco

Em entrevista recente à CNN, o CEO da empresa tinha revelado que a Azul quer que sejam adicionadas novas garantias ao reembolso do montante em causa e que já falaram com os três interessados na privatização da empresa: a Lufthansa, Air France-KLM e IAG, dono da Iberia e da British Airways.

John Rodgerson ameaçou mesmo quebrar a parceria com a TAP caso não haja desenvolvimento no pagamento da dívida. A parceria consiste na angariação de clientes no mercado brasileiro que é estratégico para a TAP e uma das mais-valias para a privatização.

Além disso, avançou que a empresa tinha contratado um escritório de advogados para tentar resolver a situação que, admite, pode ir parar aos tribunais. "Este é o momento de pedirmos os nossos direitos", disse Rodgerson, referindo-se ao processo de venda da TAP. "Estão a tirar essas coisas boas da TAP SGPS para a TAP S.A., mas querem que a dívida fique na TAP má. Isso obviamente é contra a lei", criticou.

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