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A semana em oito gráficos: Biden leva Wall Street a máximos e EDPR continua a brilhar
As bolsas norte-americanas renovaram máximos históricos com os investidores confiantes que o plano de estímulos do novo presidente dos EUA vai ser suficiente para impulsionar a maior economia do mundo. Na bolsa de Lisboa a EDPR voltou a destacar-se numa semana de valorizações nas matérias-primas e agravamento nos juros da dívida.
Biden impulsiona S&P500
A tomada de posse de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos e a expetativa que seja aprovado o seu pacote de estímulos de 1,9 biliões de dólares impulsionou Wall Street esta semana. O S&P500 subiu mais de 2% e está de novo em território de máximos históricos, com os investidores convictos que a aceleração da recuperação económica será suficiente para compensar o avanço da pandemia na maior economia do mundo.
PSI-20 na linha de água
Na semana em que Portugal entrou num novo confinamento devido ao avanço da pandemia para níveis recordes, a bolsa nacional registou um saldo ligeiramente positivo. Com as duas primeiras sessões da semana em alta e as três últimas em queda, o PSI-20 avançou ligeiros 0,05%. Na semana anterior o índice tinha cedido quase 4%, a corrigir de 10 semanas sempre a valorizar.
EDPR continua a brilhar
Numa semana com oito cotadas em alta e dez em queda, a EDP Renováveis voltou a ser a estrela da praça portuguesa. A cotada que vai ser liderada por Miguel Stilwell somou mais 8,03% e quase conseguiu anular a queda de 9% da semana anterior, que tinha sido a primeira com saldo negativo desde novembro. Recomendações positivas de analistas e perspetivas favoráveis para o setor continuam a alimentar o rally da companhia de energias verdes que em 2020 viu a energia produzida baixar 5%.
Fim da fusão castiga Carrefour
A interferência política ditou o cancelamento da oferta do grupo canadiano Alimentation Couche-Tard sofre o Carrefour, levando as ações da cadeia de supermercados francesa a perder mais de 10% na semana. As outras quedas de dois dígitos entre as cotadas do Stoxx600 estão relacionadas com o agravamento da pandemia na Europa. O operador turístico Tui e a gestora de centros comerciais Klepierre também caíram acima de 10%.
Netflix ganha com pandemia
Com grande parte da população mundial de novo fechada em casa devido à pandemia, nem todas as companhias são penalizadas. A plataforma de streaming Netflix anunciou que superou pela primeira vez a barreira dos 200 milhões de subscritores, levando as ações a dispararem 15% para máximos históricos. No S&P500 só a Ford fez melhor, devido às perspetivas positivas para os resultados da fabricante de automóveis norte-americana.
Euro volta a ganhar terreno
A moeda europeia voltou aos saldos semanais positivos face ao dólar, sendo que grande parte da valorização foi alcançada no dia da reunião de política monetária do Banco Central Europeu, já que a entidade liderada por Christine Lagarde avisou que a economia contraiu no quarto trimestre mas abriu a porta a um menor volume de compra de ativos.
Matérias-primas em alta
A desvalorização do dólar elevou a atratividade das matérias-primas esta semana, o que conjugado com a turbulência relacionada com o avanço da pandemia beneficiou sobretudo os metais preciosos. A prata brilhou com uma subida de mais de 2%, sendo que o petróleo também ganhou terreno.
BCE e Itália impulsionam juros
Os juros da dívida pública portuguesa agravaram-se pela segunda semana seguida, saindo de território negativo, com os investidores a saírem das obrigações soberanas europeias devido à crise em Itália e sobretudo à alteração no comunicado de política monetária do BCE, que admitiu não utilizar o programa de compra de ativos na íntegra.