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65% do investimento de capital de risco dividido em quatro sectores
Os operadores de capital de risco têm controlo maioritário em pouco mais de um quinto das participações que detêm, sublinha o relatório da CMVM.
As empresas não financeiras e da indústria transformadora voltaram a ser os principais alvos dos operadores de capital de risco, no ano passado, revelou o Relatório Anual da Actividade de Capital de Risco de 2015, publicado esta quarta-feira. Os quatro principais sectores visados representaram mais de 65% da carteira.
"O investimento do capital de risco continuou a ser dirigido fundamentalmente para sociedades gestoras de participação social em empresas não financeiras (em geral, estas empresas são utilizadas como veículo para realizar investimentos noutras empresas) e para a indústria transformadora", explica o relatório da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Face ao ano passado, o valor do investimento nestes segmentos aumentou quase 76,1 milhões de euros.
As actividades financeiras e de seguros e a indústria transformadora foram os sectores onde as sociedades de capital de risco realizaram maiores investimentos. Já o investimento realizado pelos fundos de capital de risco foi dirigido para sociedades gestoras de participação social em empresas não financeiras (1.339,4 milhões de euros) e, em menor dimensão, para empresas da indústria transformadora (396,7 milhões de euros) e actividades imobiliárias (367,9 milhões de euros).
"Os quatro principais sectores de actividade em que o capital de risco efectuou as suas aplicações representaram 65,4% da carteira de investimentos", frisou a CMVM.
Além disso, o regulador acrescentou que, no final de 2015, os operadores de capital de risco tinham um controlo maioritário em cerca de 20,3% das participações em capital social, o que supera a percentagem de 19,8% do ano anterior.
"Em geral, a detenção de participações pelo capital de risco está limitada temporalmente, havendo um número reduzido de casos em que as participações são excepcionalmente detidas por um prazo superior a 10 anos (45 participações, correspondentes a 5,6% do total e que representam 12,8% do investimento dos operadores de capital de risco)", conclui a CMVM.