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Indústria e tecnologia em força nos Fundos de Capital de Risco

Perto de 220 milhões de euros estão prestes a chegar à economia através desta linha de co-financiamento inserida no Programa Capitalizar. O Ministério da Economia admite abrir novo concurso.

Paulo Duarte/Negócios
13 de Fevereiro de 2017 às 09:30
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A Instituição Financeira de Desenvolvimento (IFD) publicou esta segunda-feira, 13 de Fevereiro, o relatório com a lista ordenada dos concorrentes aceites ao concurso de co-financiamento de Fundos Capital de Risco (FCR), que vai fazer chegar perto de 220 milhões de euros à economia, entre a dotação disponível de 98,3 milhões de euros e o co-investimento privado.

 

O relatório, que inclui a proposta de atribuição de verbas de co-financiamento das 25 entidades admitidas a concurso, está apenas disponível para as concorrentes no portal VortalGov. Segundo a informação disponibilizada pelo Ministério da Economia, apenas uma é estrangeira, dez delas são novos operadores no mercado português e sete estão ligadas a grupos empresariais.

 

Quanto às áreas de actuação dos FCR propostos, a instituição que ficou conhecida como Banco do Fomento destaca as tecnologias de informação e comunicação (Internet das Coisas, web/mobile e "fintech"), indústria 4.0, biotecnologia e farmacêutica, "cleantech" e eficiência energética, várias indústrias (entre elas a têxtil, química e metalomecânica) e tecnologias de produção, novos materiais, robótica e electrónica, indústrias criativas e economia circular.

 

Este concurso está inserido no Programa Capitalizar, que tem como objectivo o reforço das estruturas de capitais das empresas portuguesas, alargar a oferta de soluções de capitalização no mercado e a melhoria das condições do financiamento das PME. O instrumento financeiro é dirigido ao co-financiamento de FCR com verbas de vários programas operacionais do Portugal 2020, através do Fundo de Capital e Quase-Capital gerido pela IFD.

 

Como já tinha sido divulgado pelo Governo em Outubro do ano passado, a procura total de fundos pelos concorrentes, nos vários programas operacionais, ascendeu a 196 milhões de euros, o que significa que foi cerca de duas vezes superior à dotação disponibilizada a rondar os 98 milhões de euros.

 

O Ministério da Economia, liderado por Manuel Caldeira Cabral, assinalou esta segunda-feira que "a grande procura registada mais uma vez confirma que existe confiança para investir em Portugal". A tutela acrescentou ainda, num comunicado à imprensa, que "será avaliada a possibilidade de abertura de novo concurso de co-financiamento de fundos de capital de risco".

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