A divulgação de contas nos EUA prossegue a bom ritmo e esta semana as contas das tecnológicas estarão no centro das atenções. O destaque nesta terça-feira vai para a Apple, que apresenta os números do seu primeiro trimestre fiscal após o fecho de Wall Street.

Ainda nas tecnologias, com incidência nas cotadas do índice Nasdaq, teremos também nos Estados Unidos as contas da Tesla e do Facebook na quarta-feira e da Amazon no dia seguinte.

Ângelo Paupério, administrador não executivo da Sonae, vai passar a ser o novo "chairman" da Nos, em substituição de Jorge Brito Pereira, um dos visados do Luanda Leaks, informou ontem a operadora em comunicado à CMVM.

A informação foi avançada já depois do fecho da praça lisboeta, pelo que as ações da Nos deverão estar a reagir na sessão desta terça-feira.

Por cá, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados do Inquérito à Avaliação Bancária na Habitação em dezembro.

No resto da Europa, destaque para os dados do emprego em Espanha no quarto trimestre. Nos Estados Unidos teremos os números relativos às encomendas de bens duradouros em dezembro.

Os receios crescentes em torno da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) causada por um coronavírus que surgiu na cidade de Wuhan, na China, têm estado a penalizar as bolsas de todo o mundo e no arranque desta semana a tendência agudizou-se.

As bolsas do outro lado do Atlântico fecharam em baixa, com o Dow Jones a anular os ganhos de 2020 e o S&P 500 a registar a maior queda em quase quatro meses. Na Europa, o coronavírus também apagou grandemente os ganhos do acumulado deste ano, com os investidores a procurarem refúgio sobretudo na dívida e no ouro.

Tem hoje início, em Washington, a reunião de dois dias da Reserva Federal norte-americana, e a perspetiva é a de que as taxas de juro se mantenham nos atuais níveis. Numa das últimas intervenções públicas, no final de novembro, o presidente da Fed, Jerome Powell, tinha dito que vê o "copo mais do que meio cheio" quando olha para a economia norte-americana, reforçando a ideia de que os juros diretores vão ficar inalterados por algum tempo.

A Fed, recorde-se, decidiu manter os juros na última reunião (a 11 de dezembro) de 2019, num ano que ficou marcado pelas primeiras descidas dos juros desde a crise financeira.