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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
O dia nos mercados será marcado pela escalada da guerra comercial, depois de Trump ter dito que pretende aplicar novas tarifas sobre bens chineses já na próxima semana. Serão ainda conhecidos dados do desemprego e inflação na Zona Euro e indicadores económicos na China e Japão.
Depois de já terem sido penalizadas na sessão de ontem pelo pessimismo em torno da guerra comercial, as bolsas europeias vão estar a reagir, esta sexta-feira, à notícia de que Donald Trump pretende avançar com tarifas sobre 200 mil milhões de dólares de bens chineses já na próxima semana.
A notícia, revelada na tarde de ontem, levou as bolsas dos Estados Unidos a interromperem uma série de quatro sessões consecutivas de ganhos, com desvalorizações em torno de 0,5%.
Além das tarifas, o presidente norte-americano ameaçou sair da Organização Mundial do Comércio se este organismo não melhorar e não parar de tratar mal os Estados Unidos.
Eurostat revela dados da inflação e desemprego
A última sessão da semana será ainda marcada pela divulgação de uma série de indicadores que servirão para medir o pulso à evolução das economias do euro. O Eurostat vai revelar os dados do desemprego em Julho e a primeira estimativa da inflação em Agosto.
Em Junho, a taxa de desemprego na Zona Euro ficou estável nos 8,3%, o que representa o nível mais baixo desde Dezembro de 2008. Já a inflação atingiu os 2,1% em Julho, uma décima acima do registado em Junho e o valor mais elevado desde Dezembro de 2012. Em Portugal, o INE também vai revelar a estimativa rápida para a inflação no mês de Agosto.
Duas das maiores economias do mundo, a China e o Japão, também vão "prestar contas" com a divulgação de indicadores que são seguidos de perto pelos mercados. Na China, serão divulgados os dados do PMI, que medem o pulso à actividade da indústria e dos serviços, enquanto no Japão serão conhecidos os dados da produção industrial, desemprego, e inflação em Tóquio.
Dados do PIB centram atenções
Esta sexta-feira serão também reveladas, pelos institutos de estatísticas nacionais, as segundas leituras do PIB de várias economias europeias – incluindo Portugal - referentes ao segundo trimestre deste ano.
Estes dados serão acompanhados com especial atenção numa altura em que a região da moeda única dá sinais de desaceleração. No segundo trimestre, o PIB da Zona Euro voltou a abrandar, com um crescimento em cadeia de 0,3%, o ritmo mais lento desde o segundo trimestre de 2016.
A agência de notação financeira Fitch deverá pronunciar-se sobre o rating de Itália, numa altura em que o país continua sob os holofotes dos mercados. Nesta altura, está a ser negociada a proposta de orçamento para 2019 por parte do executivo populista de aliança entre o Movimento 5 Estrelas de Di Maio e a Liga, cujas ambições têm gerado preocupação entre os investidores. Os receios em torno das políticas orçamentais do novo governo têm mesmo afastado os investidores da dívida deste país, que tem visto os juros das obrigações agravarem-se de forma acentuada.
Martifer reage aos resultados
As acções da Martifer vão reagir esta sexta-feira aos resultados apresentados pela empresa na sessão de ontem, após o fecho do mercado.
A Martifer fechou os primeiros seis meses do actual exercício com um resultado líquido de apenas 400 mil euros, contra 5,3 milhões de euros no mesmo período do ano passado, enquanto os proveitos operacionais aumentaram 7,6 milhões para 104,1 milhões de euros.