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5 coisas que precisa de saber para começar o dia
O comércio internacional vai a contas esta segunda-feira, depois de um Setembro de travagem nas compras e nas vendas ao estrangeiro. A bitcoin pode reagir ao arranque da negociação dos futuros desta criptomoeda e inicia-se uma semana com atenção especial para a dívida soberana portuguesa.
O Instituto Nacional de Estatística anuncia esta segunda-feira os números do comércio internacional do mês de Outubro, que deverá sinalizar o comportamento das vendas e compras ao exterior no arranque do último trimestre do ano.
No mês mais recente conhecido até ao momento - Setembro -, ambas as componentes registaram uma desaceleração, que foi mais uma travagem no caso das exportações. As vendas ao estrangeiro subiram 5,8% em termos homólogos, contra 13,9% em Agosto. Já as importações aumentaram 8,1% em Setembro, contra a subida de 12,1% no mês anterior.
Depois de ter, no final da semana passada, batido vários recordes sucessivos de valor, a criptomoeda bitcoin entrou este domingo numa nova etapa para a sua afirmação como activo, com a Cboe (Chicago Board of Options Exchange) Global Markets a oferecer a primeira negociação de contratos de futuros. Na segunda-feira da próxima semana será a vez da CME estrear um serviço semelhante.
O estabelecimento de contratos de compra e venda a preços e data pré-estabelecidos, representa, segundo os analistas um marco para a vida desta divisa electrónica, que nos últimos dias tocou os 17 mil dólares. Uma das preocupações com este derivado da bitcoin é exactamente a volatilidade que marcou as últimas sessões, com subidas e quedas na ordem dos dois dígitos.
A negociação da dívida portuguesa tem pela frente uma semana rica em acontecimentos que podem influenciar o seu valor.
Na quinta-feira é a vez da reunião mensal do Banco Central Europeu, onde apesar de não serem esperadas novidades sobre o programa de estímulos, serão conhecidas novas projecções para a economia. Um dia depois é aguardada a decisão da Fitch sobre o rating das obrigações soberanas, que poderá juntar-se à S&P e elevar a notação para o primeiro patamar do grau de investimento.
Há quatro sessões consecutivas a cair, os juros a 10 anos fixaram na sexta-feira passada um novo mínimo de mais de dois anos e meio - 15 de Abril de 2015. Já os juros a cinco anos atingiram um novo mínimo histórico. Isto depois de o Morgan Stanley ter recomendado o aumento da exposição à dívida portuguesa antes da decisão da Fitch.
CTT depois da recomendação do PS
Depois de, no final de Novembro, o Bloco de Esquerda ter apresentado um projecto de resolução pedindo ao Governo o "resgate da concessão do serviço público dos correios e da sua rede pública aos CTT," este fim-de-semana foi a vez do partido do Governo, o PS, pedir ao Executivo que reavalie a concessão dos Correios, o que pode ter reflexo na cotação da empresa postal.
Os socialistas avisam que o serviço postal universal "se degradou ao longo da vigência da concessão pelo anterior governo das responsabilidades públicas a privados, de forma imponderada e lesiva dos interesses dos portugueses," pedindo a criação de um grupo informal para avaliar as responsabilidades contratuais da empresa. O tema vai ser debatido no Parlamento na próxima sexta-feira.
Ontem os CTT garantiram em comunicado assegurar, "enquanto concessionária do Serviço Postal Universal, os padrões de serviço, qualidade e cobertura de rede previstos na Lei e no Contrato de Concessão".
Galp "top stock pick" na Europa para o JPMorgan
O banco de investimento JPMorgan colocou as acções da Galp como "top stock picks" para o sector energético na Europa no próximo ano, numa lista que é integrada ainda pela Shell e pela BP.
De acordo com a Bloomberg, que cita uma nota de "research" do banco, as acções destas três empresas apresentam uma previsão de subida considerada "convincente" e que é sustentada no crescimento "atractivo" do cash-flow (CFFO) das operações de exploração. O JP Morgan melhorou ainda a recomendação da acção Galp de "neutral" para "overweight", atribuindo-lhe um preço-alvo de 17,5 euros.