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Qual é a importância de Jackson Hole?

Tem banqueiros centrais, economistas de renome e uma tonelada de jornalistas. Os ingredientes que fazem da pequena região de Jackson Hole, uma vez por ano, o centro de todas as atenções. Conheça a história do maior encontro de política monetária do mundo.

Entre académicos e banqueiros centrais, o encontro reúne, anualmente, algumas das principais figuras da economia mundial.
Bloomberg
25 de Agosto de 2016 às 15:00
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Sabe quem nasceu em Kansas City em 1978, vive actualmente num vale de Wyoming e cujo pai é Roger Guffey? Nada mais, nada menos que o maior encontro de política monetária do mundo. O "Simpósio de Política Económica de Jackson Hole" reúne todos os anos algumas das personalidades mais proeminentes das finanças, tanto do sector académico como do sector público. Mas como se tornou Jackson Hole a meca da política monetária?

"Comércio Agrícola Mundial: O Potencial para o Crescimento". Este foi o tema do primeiro encontro de política económica da Reserva Federal de Kansas City, em 1978. Sob a liderança de Roger Guffey, a secção regional da instituição monetária dos EUA reuniu, na cidade que lhe dá o nome, vários economistas e responsáveis políticos. Esta era uma prática também seguida por outros departamentos da Fed. Mas a edição de 1982 marcou o ponto de viragem na história de Kansas City (leia aqui a versão oficial da Fed).

Roger Guffey sabia que o então presidente da Fed, Paul Volcker, era fã da pesca e queria garantir a sua presença no simpósio. Por isso, mudou a localização do evento para o vale de Jackson Hole, conhecido pela pesca de trutas. A partir de então, tudo mudou. As presenças de Paul Volcker começaram a atrair outros banqueiros centrais de todo o globo, o que deu um crescimento exponencial ao evento. Chegou a ter duas edições em alguns anos.

Actualmente, este é o maior encontro de política monetária, no qual costumam participar os principais banqueiros centrais, os economistas mais proeminentes e um aglomerado único de jornalistas. Mas apenas pode comparecer ao afamado evento de final de Agosto quem tiver recebido o tão aguardado convite da Fed de Kansas City, agora liderada por Esther George. Segundo dados citados pela revista The Economist, a presença de líderes de bancos centrais passou de 3% dos participantes para 31%, entre 1982 e 2013. Já os jornalistas duplicaram para 12%.

Apesar de a agenda oficial só ser conhecida na madrugada de sexta-feira, 26 de Agosto, sabe-se já que Jackson Hole terá algumas ausências de peso. A actual presidente da Fed, Janet Yellen, volta a participar no encontro – depois da ausência na edição anterior –, tendo um discurso agendado para sexta-feira, 26 de Agosto. Já Mario Draghi e Mark Carney deverão mesmo falhar Jackson Hole.

 

Segundo as agendas públicas do Banco Central Europeu e do Banco de Inglaterra, os dois responsáveis não têm qualquer participação marcada. Benoit Coeuré, membro do comité executivo do BCE, irá como substituto, participando na conferência que decorrerá no sábado, 27 de Agosto. Já a representar Mark Carney irá Minouche Shafik, vice-governador do Banco de Inglaterra.

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