Notícia
Na hora do lucro reina a desigualdade no mercado dos NFT
A prática de "whitelisting" e os "bots" estão criar um fosso entre os investidores num mercado em franca ascensão.
Apenas um pequeno grupo de investidores altamente sofisticado tem a maior parte dos lucros do dinheiro aplicado em NFT, revela um estudo da Chainalysis.
A plataforma de dados de "blockchain" adianta que o principal motor para esta desigualdade reside na prática de "whitelisting" – uma espécie de criação de "guest list", para que os seguidores de determinados vultos do mercado possam comprar NFT a um preço mais baixo que o de lançamento.
As contas da Chainalysis, tendo por base a maior plataforma de NFT do mundo, Opensea, são claras: enquanto um investidor que vende um NFT comprado em "whitelisting" consegue um retorno máximo de 70% do valor de compra, um investidor que não esteja nestas condições consegue apenas, no máximo, 20% de lucro sobre a venda.
O relatório indica ainda que a utilização de" bots" – softwares programados para executar determinadas tarefas, como compras, neste caso de ativos virtuais - é outro dos "trampolins" que impulsionam a desigualdade na obtenção de lucros no negócio dos NFT.
Apesar de tudo, o documento reconhece que "os NFT representam um dos mais emocionantes movimentos no mercado dos criptoativos, impulsionado sobretudo por investidores institucionais".
Os NFT são atualmente uma das maiores tendências dos mercados dos criptoativos, tendo duplicado o número de transações deste produto entre 2020 e 2021.
A sigla NFT deriva do termo anglo-saxónico "Non-fungible token", que se pode aproximar para português para algo como um Ativo Virtual Não Fungível.
Esses tokens não-fungíveis são arquivos digitais (ou arte digital) com identidade e propriedade verificados. Estes ativos podem ser imagens virtuais, desde GIF’s a JPEG’s, músicas, itens dentro de videojogos, terrenos virtuais, vídeos ou qualquer elemento que seja virtual e autenticável.