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Tarantino quis vender NFT do filme Pulp Fiction. Foi processado pela Miramax

O estúdio alega que o realizador lhe cedeu todos os direitos do filme em 1993 e, por isso, não pode agora vender ou tentar lucrar com ativos que já não lhe pertencem.

Pulp Fiction
DR
18 de Novembro de 2021 às 13:30
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O estúdio cinematográfico Miramax está a processar Quentin Tarantino por este ter posto à venda NFT (ativos não fungíveis) de "Pulp Fiction". Depois de, em 1993, o realizador ter cedido todos os direitos do filme à produtora, não pode agora vender ou tentar lucrar com ativos que já não lhe pertencem, alega a empresa.

No início do mês, Tarantino terá posto à venda uma série de produtos digitais relacionados com o filme de culto de 1994, entre os quais a digitalização de sete páginas do guião, escritas à mão, de cenas que acabaram por não ser incluídas na versão final. Os NFT foram desenvolvidos na plataforma Secret Network, que protege o conteúdo dos ativos e a identidade dos compradores. 

"Estou entusiasmado por apresentar estas cenas exclusivas de 'Pulp Fiction' aos fãs. A Secret Network e a Secret NFTs fornecem um mundo totalmente novo de conexão entre o público e artistas e é incrível poder fazer parte disso", indicou Quentin Tarantino numa declaração, citada pela CNBC.

Mas o estúdio Miramax não gostou da ideia e, para prevenir outros realizadores de seguirem pelo mesmo caminho, decidiu processar Tarantino por quebra de contrato, violação dos direitos de autor, violação de marca registada e concorrência desleal.

"A conduta de Tarantino forçou a Miramax a abrir este processo contra um colaborador valioso, de forma a fazer cumprir, preservar e proteger os seus direitos contratuais e de propriedade intelectual relativos a uma das propriedades cinematográficas mais icónicas e valiosas da Miramax", alegou a empresa, citada pela Quartz, e acrescentando que "a conduta de Tarantino pode induzir outros criadores a acreditarem que podem explorar os filmes da Miramax, através de NFT e de outras tecnologias emergentes, quando na verdade a Miramax detém esses direitos sobre os seus filmes", lê-se no processo.

Não é a primeira vez que Hollywood se rende ao mundo dos NFT. Em setembro, o estúdio MGM pôs à venda uma série de ativos não fungíveis do mais recente filme de James Bond, "007: Sem Tempo Para Morrer".
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