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Ministério Público francês abre um inquérito à Binance

A investigação da Justiça francesa versa sobre alegadas prestação de serviços cripto sem autorização e lavagem de dinheiro qualificada. França - que chegou a ser considerada pelo CEO da plataforma como um potencial "quartel-general" da empresa na Europa, foi o primeiro país do bloco a registar a Binance. Este inquérito surge duas semanas depois de o supervisor norte-americano do mercado de capitais ter intentando uma ação contra a empresa.

Pedro Catarino
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A Binance está a ser alvo de um inquérito por parte do Ministério Público, em Paris, por suspeitas de alegados crimes de angariação ilegal de clientes e lavagem de dinheiro qualificada.

"A investigação versa, por um lado sobre a prática de prestação não autorizada de serviços relacionada com criptoativos, e por outra, sobre lavagem de dinheiro qualificada", pode ler-se no comunicado do Ministério Público francês, citado pela Reuters.

A maior plataforma de criptomoedas do mundo já reagiu a este comunicado tendo tentado desdramatizar a situação. "Em França, a vista a reguladores e inspetores faz parte das obrigações regulatórias, que todas as instituições financeiras devem cumprir", afirma fonte oficial da Binance, citada pela agência noticiosa.

Na nota, a plataforma liderada por Changpeng Zhao (CZ) esclarece ainda que "na semana passada a Binance visitou autoridades relevantes", não tendo especificado se se tratavam de autoridades judiciais ou regulatórias.

Em maio do ano passado, a França foi o primeiro país europeu a dar licença para operar à maior plataforma cripto do mundo.

Meio ano antes deste registo, o CEO da Binance, CZ chegou mesmo a admitir que França pode ser o quartel-general da plataforma na Europa e no mundo.

A realidade, é que pouco tempo depois de Paris conceder o registo à Binance, um grupo de investidores cripto processou a plataforma, alegando que a empresa enganava os clientes.

Esta notícia surge cerca de duas semanas depois de a plataforma ter sido processada pelo supervisor do mercado de capitais norte-americano (SEC, na sigla em inglês) por alegadas violações relativas a operação sem registo, mistura de ativos próprios e de clientes, segundo um comunicado publicado no site do supervisor.


O gesto da SEC levou a Binance a ver fugirem vários milhões de dólares nos primeiros dias, após o comunicado da diligência. Após este ato do supervisor, a plataforma suspendeu ainda os depósitos em dólares nos EUA.

Entretanto, pela Europa, a Binance anunciou que vai sair dos Países Baixos, depois de não ter conseguido obter registo junto das autoridades do país.


A empresa pediu ainda ao Chipre para que desativasse o registo naquele que é um país apetecível para várias plataformas e entidades financeiras, em termos regulatórios.

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