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Com portas dos bancos a fecharem, Binance suspende depósitos em dólares nos EUA

O braço da maior plataforma cripto nos EUA, a Binance US, vira-se assim apenas para a prestação de serviço em criptomoedas, abandonando as moedas fiduciárias. A partir de 13 de junho, os parceiros bancários da Binance deixam de permitir o levantamento em dólares. A plataforma acusa a SEC de recorrer a "táticas extremamente agressivas e intimidadoras", que afetaram os próprios parceiros da banca.

Pedro Catarino
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A Binance.US, o braço da maior plataforma cripto do mundo nos EUA, suspendeu os depósitos em dólares, segundo um comunicado publicado na página de Twitter da "exchange".

Na publicação, a plataforma encaixa esta decisão no âmbito das "medidas proativas" de transição temporária para operações apenas com criptoativos, já que os bancos que trabalham com a Binance estão prestes a fechar os canais de levantamento em dólares, na sequência da ação judicial desencadeada pelo regulador financeiro dos EUA (na sigla inglesa SEC) contra a empresa liderada por Changpeng Zhao.

"SEC passou a recorrer a usar táticas extremamente agressivas e intimidadoras, defende Binance.US no Twitter, onde acrescenta que "os nossos parceiros não foram poupados, tendo levantado desafios para os bancos com quem trabalhamos".

Assim, de forma "a proteger nossos clientes e plataforma, estamos a suspender os depósitos em dólares e a notificar os utilizadores que os nossos parceiros bancários estão a preparar-se para suspender os canais de levantamento em moeda fidúciaria [dólares norte-americanos] a 13 de junho de 2023", informa a plataforma.

"Encorajamos os clientes a tomar as medidas adequadas com os seus USD [dólares]", acrescenta a plataforma. 

A negociação de criptomodas, o serviço de "staking", os depósitos e os levantamentos em criptomoedas permanecem totalmente operacionais.

Na segunda-feira, a SEC processou tanto a Binance como o fundador e CEO Changpeng Zhao (CZ) por alegadas violações relativas a operação sem registo, bem como mistura de ativos próprios e de clientes. No dia a seguir foi a vez da Coinbase.

O regulador acusou também a maior plataforma cripto dos EUA de fugir à regulação norte-americana ao permitir que os clientes negoceiem "tokens" que não estão registados como ativos financeiros. Além disso, está também em causa o serviço de "staking".

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