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Goldman Sachs é o primeiro gigante de Wall Street a abrir negociação de opções cripto

O banco de investimento tem aprofundado a sua proximidade com o mercado cripto, oferecendo já vários instrumentos financeiros relacionados com a bitcoin e ethereum.

O Goldman Sachs foi, entre os gigantes de Wall Street, o que mais gastou para reter talento. Ao todo, a instituição desembolsou 18 mil milhões de dólares em 2021, um aumento de 30% face a 2020. Se não fossem estes custos, a despesa do banco teria diminuído 9%, em termos homólogos, de acordo com as contas da Bloomberg Intelligence.

Para este ano, o CFO do banco, Denis Coleman, garantiu durante a conferência com analistas 'que iremos continuar a criar um ambiente de trabalho competitivo', ainda que não espere 'um aumento dos custos operacionais sobre esta matéria, nos próximos tempos.
Brendan McDermid /Reuters
21 de Março de 2022 às 13:16
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O Goldman Sachs continua a ser pioneiro na banca norte-americana no que toca à relação entre mercado cripto e banca, tornando-se o primeiro banco de investimento de Wall Street a entrar no mercado de opções sobre criptomoedas, mais concretamente em opções sobre bitcoin.

 

As opções são produtos financeiros que dão ao titular do instrumento derivativo o direito de comprar ou vender um ativo, neste caso uma criptomoeda, a um preço pré-determinado (preço de strike) numa data futura. Este instrumento é sobretudo utilizado por investidores como uma maneira de atenuar o risco patente no mercado cripto ou como uma forma de aumentar os retornos.

 

Para estas operações, o Goldman conta com a parceira da Galaxy Digital Holdings, especializada no investimento em mercado cripto. Num comunicado publicado esta segunda-feira, a sociedade de investimento aplaude a decisão do banco e afirma que foi a primeira vez que um banco nos EUA realizou uma transação deste tipo.

 

"Esperamos que esta operação abra a porta para que outros bancos considerem o OTC (sigla inglesa para um método de investimento descentralizado que recorre a uma rede corretores financeiros) como um canal para negociar ativos digitais", acrescenta a nota citada pela Bloomberg.

 

Já o Goldman Sachs salientou que "este é um passo importante para os nossos recursos em ativos digitais e para uma evolução mais ampla dessa classe de ativos", escreveu Max Minton, responsável pelo departamento de gestão de criptoativos para a região Ásia-Pacífico, citado pela Bloomberg.

 

Nos últimos meses, vários bancos, em especial em Wall Street, têm recuado na sua reticência sobre os criptoativos, sobretudo criptomoedas, e criaram departamentos de estudo e até investimento nesta classe de ativos.

O banco chefiado por David Solmon lidera este movimento de inovação nos EUA, tendo inclusivamente no ano passado aberto as negociações de "non deliverable forward", contratos futuros sobre bitcoin que funcionam através da diferença do preço do ativo em determinado momento e no momento em que foi acordado pelas partes.

 

Além disso, o banco de investimento já permite a negociação de futuros sobre bitcoin e ethereum.

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