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Bitcoin cai 3%. Condenação de Bankman-Fried pesou menos que colapso da FTX

A bitcoin chegou a cair esta quinta-feira 3,16%, ainda assim longe do tombo de 8% registado em novembro do ano passado, quando a FTX acionou o mecanismo de proteção contra cresdores.

O ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, é acusado de 13 crimes.
Eduardo Munoz/Reuters
03 de Novembro de 2023 às 11:34
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A condenação de Sam Bankman-Fried não foi uma completa surpresa para a bitcoin e o restante mercado das criptomoedas, que reagiu com perdas contidas à decisão do júri que considerou o ex-CEO da FTX culpado de vários crimes, incluindo de fraude.

A bitcoin chegou a cair esta quinta-feira 3,16% - a maior queda desde setembro - tendo terminado o dia a "aliviar" para uma queda de 1,52% para 34.917,45 dólares.

A dimensão desta queda fica longe do tombo de cerca de 8% que a criptomoeda registou no dia 11 de novembro do ano passado, quando a FTX acionou nos EUA o mecanismo de proteção contra credores, inserido no capítulo 11 da lei de insolvências dos EUA, tendo no mesmo dia anunciado a saída de Bankman-Fried da liderança da FTX, passando esta a ser ocupada por John Ray III, especialista em restruturações.

Esta quinta-feira, o júri do julgamento de Sam Bankman-Fried, antigo CEO da FTX, precisou menos de cinco horas para deliberar que o antigo responsável do grupo cripto é culpado de sete acusações de fraude e conspiração.

O julgamento daquele que era considerado um dos "reis" dos criptoativos decorreu ao longo de um mês em Manhattan. Falta agora ouvir a sentença final do processo, que será marcada em março pelo juiz Lewis Kaplan. O empresário corre o risco de ficar décadas na prisão.

Após o veredicto do júri, o procurador Damian Williams defendeu que Bankman-Fried "levou a cabo uma das maiores fraudes financeiras na história da América", tendo construído "um esquema multimilionário para um tornar o rei das criptomoedas".



Entretanto, esta sexta-feira, a bitcoin segue a somar 0,22% para 16.793,47 dólares.

Já a capitalização agregada do mercado de criptomoedas segue a ceder 1,35% para 1,29 biliões de dólares.

Para o analista da XTB Henrique Tomé,  este movimento de queda é "contido" e não é evidente que esta desvalorização esteja "relacionada" com a decisão do júri sobre Bankman-Fried, "sendo mais possível estar relacionado com a tomada de mais-valias, podendo ser um movimento de correção da bitcoin", explica em declarações ao Negócios. 

"O mercado continua muito forte e muito apoiado pela questão de novos ETF", frisa Henrique Tomé. Além disso, "há rumores que os clientes possam recuperar parte do capital", acrescenta.


Desde o início do ano, a criptomoeda mais valiosa do mercado mais que duplicou o seu valor (106,69%).

Entre os fatores que mais têm impulsionado a bitcoin, está a expectativa do mercado de que o supervisor norte-americano de capitais (na sigla inglesa SEC) aprove o primeiro "exchange traded fund" (ETF) nos EUA com exposição direta ao preço "spot" da bitcoin.

Nesta corrida estão vários "players" conhecidos do mercado norte-americano, incluindo a BlackRock.

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