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Binance recorre a fundos soberanos para acalmar opressão dos reguladores
A maior plataforma de criptomoedas do mundo quer "dar à volta" aos reguladores de vários países, convidando os fundos soberanos para participarem no capital da empresa.
A maior exchange de criptomoedas do mundo quer "dar à volta" à opressão regulatória de vários países, convidando vários fundos soberanos para participarem no capital da plataforma.
Em entrevista ao Financial Times, o CEO da exchange, Chengpeng Zhao (conhecido pela impresa internacional como "CZ"), explicou que a constituição destes fundos "ajudaria a empresa a criar relacionamentos com Governos de vários Estados".
Questionado sobre qual o montante envolvido e com que países estavam a ser encetadas negociações, Chengpeng Zhao não quis adiantar nomes nem números, mas sublinhou "que será um grande envelope financeiro conjunto".
O CEO da maior plataforma do mundo apelou, no entanto, à cautela: "não vai ser um processo rápido, até porque estas negociações podem ligar-nos a países específicos de formas que não queremos".
"Independentemente de tudo, devemos esforçar-nos por manter relações saudáveis com os governos dos países onde operamos e compensar os reguladores mais agressivos", rematou Zhao ao diário britânico.
As declarações de Zhao surgem numa altura em que vários Estados, como Reino Unido, Tailândia e Singapura anunciaram um corte total de relações com a Binance, decretando a proibição de atividade, por incumprimento das normas de compliance.
Há cinco dias, o CEO da exchange concedeu uma entrevista, durante a qual, defendeu a necessidade de as plataformas de criptomoedas terem a obrigação de proteger os utilizadores e implementar processos para prevenir crimes financeiros.
"Este ano, a maioria dos reguladores em todo o mundo está a analisar a criptografia com atenção", e cremos "que este é o momento certo" para lançar um apelo por uma estrutura global, disse Zhao.
"Sentimos que é importante que os participantes da indústria tenham um lugar na mesa", disse ainda o executivo.
Esta notícia surge ainda numa altura em que a imprensa internacional aponta para a Irlanda, como a nova sede fiscal da Binance. A plataforma tem um centro de trabalho em Singapura, mas está à procura de uma nova sede.